Na emergência: peça ajuda!
Uma das atividades que mais desperta a curiosidade dos upeiros é o atendimento de emergência. A possibilidade de salvar vidas em um período muito curto de atendimento é que leva muitos estudantes do ensino médio a buscar a carreira médica. Pensando nisso, a Liga do Trauma da FCM preparou uma atividade especial – com o apoio da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) e da equipe de socorristas da concessionária Autoban. A programação também comemora o Dia de Reanimação Cardiorrespiratória (RCP), celebrado dia 30.
“Se tiver um assaltante na sua casa, ou se a casa estiver pegando fogo, ou se alguém estiver com dor no peito ou falta de ar, ou um patrimônio público está sendo depredado, para quem você liga?”, perguntou o médico Elton Simionato Scuro, da AutoBan. A resposta para cada uma dessas situações, respectivamente, é 190, 193, 192 e 156. Por incrível que pareça, a maior parte da população não sabe pedir socorro em uma situação de emergência. Decorar os números de emergência é o primeiro passo na hora de socorrer uma vítima.
Para a UPA, a equipe da Autoban e a Liga do Trauma da FCM reuniram as principais técnicas destinadas ao público leigo, na hora de socorrer uma vítima em situação de emergência. A primeira, como já citado: saber pedir ajuda. E a segunda, como utilizar o Desfribilador Externo Automático (DEA), um equipamento destinado ao usuário leigo, que ensina o que fazer durante a emergência, dando os comandos do atendimento. “Qualquer pessoa é capaz de manejar o DEA porque ele foi feito para leigos e não para os profissionais de saúde. Esse equipamento deveria ter em qualquer lugar com grande fluxo de circulação de pessoas. Essa é uma lei estadual”.
Tempo é músculo. Pedir ajuda, iniciar a compressão torácica e saber utilizar o DEA são procedimentos simples que podem salvar uma vida, explicou o médico da Autoban. “Em 10 minutos se eu não faço nenhuma compressão cardíaca, eu tenho quase que 100% de chances de ter uma pessoa morta ou com sequelas neurológicas. Suporte básico é extremamente importante”, observou.
Sangue que salva muitas vidas
A unidade móvel do Hemocentro da Unicamp estacionou no prédio da FCM e trouxe explicações a quem passava sobre a doação de sangue e medula óssea, ciclo do sangue, microscopia das células sanguíneas e tipagem ABORh, que define o tipo sanguíneo e o fator Rh de cada indivíduo. Os profissionais do Hemocentro também falaram sobre a atuação dos profissionais graduados em ciências biológicas e exatas e demonstraram material didático aos professores participantes da UPA, de fácil confecção, úteis abordar conceitos sobre sangue em sala de aula.
“O sangue não é feito em fábricas e por isso precisamos dos seres humanos para obtê-los”, disse Ana Lúcia Silva Oliveira, enfermeira do Hemocentro. Na ocasião da UPA, ela explicou que a equipe do Hemocentro focou na conscientização e educação dos estudantes sobre a importância da doação de sangue, crucial para salvar milhares de vidas. Durante a visita, os upeiros puderam conhecer a unidade móvel e compreender como a coleta é feita.
Interessados em doar sangue na Unicamp, devem comparecer ao Hemocentro portando documento original com foto (RG ou carteira de habilitação), estar em ótimo estão de saúde e ter entre 16 e 70 anosde idade.