Gastrocirurgia da FCM é premiada em Semana do Aparelho Digestivo

Dois trabalhos elaborados pelos grupos de Fígado, Hipertensão Portal e Transplante Hepático, coordenado pela médica Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin e de Vias Biliares, Pâncreas e Obesidade Mórbida, coordenado pelo médico Elinton Adami Chaim, ambos do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, receberam menção honrosa durante XI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo. O evento é considerado o maior da América Latina na área de gastroenterologia e aconteceu mês passado, em Goiânia (GO).

O trabalho Aspectos psicossociais e emocionais de doentes submetidos a transplante hepático – elaborado pelo Grupo de Fígado, Hipertensão Portal e Transplante Hepático – demonstrou melhor qualidade de vida dos pacientes com doenças hepáticas crônicas e incuráveis, após o transplante de fígado.

A pesquisa entrevistou 40 transplantados masculinos e 15 femininos, com no mínimo um ano de pós-operatório, e foi conduzida pelos pesquisadores Ana Maria Neder de Almeida, Teresa Cristina Mucinhato Portugal, Maria de Fátima Trovato Mei, Elizabete Yoko Udo, Elaine Cristina Ataíde e Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin.

Dentre os aspectos psicossociais analisados, a melhora nas atividades, física e sexual, foi citada por 54,5% e 36,3% dos pacientes, respectivamente. Para 89% dos transplantados, a alimentação foi outro aspecto que melhorou após a cirurgia.

O estudo Hepatocarcinoma em foco de tecido hepático ectópico em cabeça pancreática – elaborado pelo grupo de Grupo de Vias Biliares, Pâncreas e Obesidade Mórbida – apresentou relato de caso de paciente masculino, de 65 anos, com tumor na região duodenal e cabeça de pâncreas.

De acordo com a investigação realizada por Francisco Callejas Neto, Martinho Gestric, Murillo Utrini, Everton Cazzo, Ricardo Rosseto, Florence Quarello e Elinton Adami Chaim, o paciente foi submetido a uma gastroduodenopancreatectomia para a retirada do tumor e evoluiu bem no pós-operatório imediato. O mesmo paciente segue em acompanhamento há mais de três anos sem apresentar a reincidência da doença hepática em tomografias computadorizadas.