Filas extensas e muita expectativa parecem a definição mais adequada à espera dos alunos para a apresentação das Ligas. Os alunos do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) receberam os estudantes com diversas atividades, desde a apresentação teatral da Liga de Psiquiatria até as orientações sobre primeiros socorros da Liga do Trauma. Liga é uma reunião de alunos interessados num mesmo tema que passam a aprofundar seus conhecimentos naquela disciplina.
O segundanista do curso de medicina, Matheus Solino, participa pela primeira vez da UPA. Ele conta quais as principais dúvidas e curiosidades dos estudantes. “Eles procuram muito pela área de anatomia e pedem informações sobre como foi o ingresso na universidade, se a pessoa fez cursinho, por exemplo.” As técnicas de primeiros socorros e a manobra de Heimlich foram o destaque da apresentação.
A área de anatomia patológica sempre é uma das mais concorridas. Antes da palestra conduzida pela professora Ingrid Amstalden Bertolo – que precisou dobrar o horário para atender os 400 estudantes de cada sessão –, os estudantes podiam olhar algumas peças anatomopatológicas.
Outra Liga bem concorrida foi a de cardiologia. Sessões ininterruptas de apresentação e esclarecimento, conduzidas pelos alunos do curso de medicina, eram apresentadas a cada 20 minutos.
O estudante David Cirgussi decidiu que faria medicina no primeiro ano do ensino médio. Agora, prestes a se formar e prestar vestibular, só falta decidir qual a especialidade. "A palestra da Liga é muito boa e ajuda a escolher qual área dentro da medicina eu quero seguir", explica David.
Apesar da preocupação de alguns estudantes, escolher qual especialidade seguir também é uma dúvida de quem já cursa medicina. A terceiranista, Ana Cláudia Guidio Paquola, ainda não sabe no que vai se especializar, mas aproveitou a UPA para trabalhar como monitora da Liga de Cardiologia. "Os alunos tem gostado bastante das palestras e nós tentamos esclarecer algumas ideias pré-concebidas que eles trazem da escola, como o funcionamento das veias e artérias".
Na entrada da sala onde ocorria a encenação da peça teatral “Tudo pode nessa loucura toda”, organizada pela Liga de Psiquiatria, um grupo de alunos esperava ansioso. Eles saíram de uma cidade no interior de Minas Gerais, chamada Cássia, às quatro horas da manhã para chegar à abertura da UPA. “Alguns alunos estão vindo pela segunda vez, mas todo ano a escola organiza uma excursão para trazê-los”, conta Maria das Dores Costa Davi, responsável pelo grupo.
No total, seis Ligas participam da UPA na FCM: cardiologia; trauma; neurologia; psiquiatria; medicina integrativa e diabetes, hipertensão e obesidade.
HEMOCENTRO
Mônica Meirelles da captação de doadores do Hemocentro destacou a preocupação com a conscientização dos estudantes. “A nossa participação na UPA tem sido muito importante para os alunos conhecerem o fluxo da doação e despertar neles a importância de doar sangue”, afirma ela.
O ônibus de coleta, parado no estacionamento da FCM, realizou apenas atividades educativas, mas os interessados em doar sangue foram encaminhados ao Hemocentro. “Mesmo os jovens que ainda não tem idade para doar, foram orientados a procurar um centro de coleta assim que completarem 18 anos”, finaliza.
ÁLBUM DE FOTOS
Texto e fotos: Edimilson Montalti e Jéssica Kruckenfellner - ARP-FCM/Unicamp