De hoje (15) até sexta-feira (17), centenas de professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação da Unicamp, da USP de São Paulo, São Carlos e Ribeirão Preto, Unifesp e Hospital Albert Einstein participam do VI Workshop CInAPCe (Cooperação Interinstitucional se Apoio à Pesquisa Sobre o Cérebro). O encontro ocorre no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.
O objetivo do workshop, segundo os organizadores, é congregar os profissionais dos seis centros participantes envolvidos com o programa CInAPCe para discutir os resultados obtidos até o momento e traçar os próximos passos.
“Queremos estreitar a colaboração entre os grupos, mostrar em forma de pôster os resultados de pesquisas, discutir os achados, trocar dados e conhecimento. Além disso, queremos que os alunos percebam que aquilo que o outro está fazendo pode ser complementar a uma pesquisa em andamento”, explicou o neurologista Fernando Cendes, coordenador do grupo da Unicamp.
Para o diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad, o CInAPCe tornou-se importante para a área da neurociência do Estado de São Paulo, além de ser um exemplo de multidisciplinaridade que deu certo. “O CInAPCe faz o que se preconiza como multidisciplinaridade com naturalidade e é capaz de atrair jovens talentos para a pesquisa”, disse Saad.
A idéia da criação de um programa de neurociências que levou ao CInAPCe começou a surgir no final dos anos 1990, com um objetivo mais amplo e um espectro de pesquisadores mais restrito do que o atual. Originalmente, pensava-se em criar uma rede de pesquisa interdisciplinar dentro da Unicamp para adquirir tecnologia de ponta e estudar a dinâmica cerebral.
O início oficial do Programa CInAPCe ocorreu em abril de 2007, com a assinatura dos termos de outorga pela Fapesp. Em novembro de 2007 aconteceu o lançamento oficial do website CInAPCe.
Nas próximas fases do programa, doenças cérebro-vasculares, demências e transtornos mentais também deverão ser estudados. Também serão aplicadas novas tecnologias, como a magnetoencefalografia e a tomografia por emissão de pósitron. E, a partir da formação da rede virtual, deverá haver um processo de fluxo contínuo, como ocorre hoje com outros programas.
Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp