Você tem pressão alta? Está acima do peso? Você tem diabetes? Fuma? Tem mais de 50 anos? Algum familiar tem problemas nos rins? Se você respondeu sim a alguma ou mais dessas perguntas, você pode ser um sério candidato é ter um problema renal crônico. Quem faz esse alerta é a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) no Dia Mundial do Rim.
O Dia Mundial do Rim é comemorado na segunda quinta-feira do mês de março. Este é o sétimo ano que o serviço social do Centro Integrado de Nefrologia (CIN) da Unicamp promove ações de orientação e cuidado para pacientes com problema renal crônico e seus acompanhantes.
Na manhã desta quinta-feira (8), os pacientes que aguardavam atendimento no ambulatório geral CIN foram convidados a encher bexigas azuis. Depois, todas elas foram amarradas e dispostas na entrada do prédio e em outros locais de acesso. A ação deve se repetir à tarde. Cartazes e panfletos foram distribuídos pelo prédio. Os 30 profissionais da área de nefrologia, dentre eles médicos, residentes, professores, alunos e funcionários vestiram camisetas brancas ou pretas com o mote da campanha “Rins em defesa da vida”.
“O paciente com insuficiência renal crônica tem problema cardíaco, circulatório e respiratório. Ao encherem asbexigas,avaliamos como está o pulmão deles. A amarração dessas bexigas simboliza a formação de grupos de agentes multiplicadores de informação para a prevenção da doença renal”, explicou a assistente social Érica Maria Cazetta Chinellato.
Segundo a SBN, as regras de ouro para ter um rim saudável são: fazer atividade física, controlar o açúcar no sangue, controlar a pressão sanguínea, reduzir o sal na comida, controlar o peso, beber bastante água, não fumar, não usar remédios sem orientação e fazer exame de urina em algum momento de suas vidas.
“Essas dicas valem para todos, desde o familiar que deseja doar um rim até o paciente transplantado”, disse Érica.
Diariamente, passa pelo CIN cerca de 100 pacientes da região de Campinas, Brasil e até exterior. Independentemente da ação do Dia Mundial do Rim, a equipe do ambulatório de nefrologia da Unicamp mantém a campanha “Previna-se”.
“Temos o caso de uma mãe que traz a filha para fazer hemodiálise e a família não entende como não há cura para a menina. É aniversário da sobrinha neste final de semana. A mãe pegou todo o material e vai mostrar aos convidados que não é tão simples assim a cura de uma doença renal crônica. Transplante não é cura. Melhora a qualidade de vida”, explicou Érica.
Texto: Edimilson Montalti – ARP-FCM/UNICAMP
Fotos: Geysa Almeida - CIN/UNICAMP