Norma Bonaccorso, perita criminalística da Polícia Científica de São Paulo e especialista em identificação por DNA, esteve nesta segunda-feira (8) na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp proferindo a palestra “Identificação humana pelo DNA” para alunos do quarto ano do curso de medicina.
Norma coordenou os trabalhos de identificação de corpos no último acidente da TAM, em Congonhas, com uma margem de 90% de acerto, um dos maiores do mundo já registrados.
“A informação genética é a mesma em todas as células e isso, para a medicina legal e criminalística, é de uma importância muito grande. Eu posso analisar vestígios que antes não podia e criar um banco de dados para o presente, passado e futuro”, disse Norma.
Entretanto, afirma a perita, há uma batalha jurídica muito grande a ser vencida para a criação deste banco de dados, ainda incipiente no Brasil. No caso da TAM, Norma utilizou o DNA de ossos para a identificação dos corpos dos passageiros e cruzou os dados com as características de parentes e familiares. “Nesse caso, o universo era de apenas 200 exames”, explicou.
Texto e fotos: Edimilson Montalti
ARP-FCM/UNICAMP