Os 114 alunos do segundo ano do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp ministraram nos dias 22, 28 e 29 de junho de 2011 um “Curso Primeiros Socorros – Teórico e Prático” para pessoas da comunidade. O curso foi gratuito e recebeu 202 inscrições pela internet. A duração foi de quatro horas, sendo uma hora de teoria e três de prática. As aulas foram no Salão Nobre, anfiteatro da FCM e nas arenas do prédio de Habilidades. Esta foi a prova prática final do módulo curricular Laboratório de Habilidades I – “Suporte básico de vida” da disciplina de Cirurgia do Trauma, coordenada pelo professor Gustavo P. Fraga.
De acordo com os objetivos do módulo que faz parte de um projeto de pesquisa do Programa de Desenvolvimento Docente para Educadores Médicos do Instituto Regional de Educação Médica FAIMER Brasil, os alunos de medicina ao final do semestre, após receberam conceitos teóricos e treinamentos práticos de como atuar em situação de urgência e emergência em diferentes cenários, deveriam estar habilitados para ensinarem o conteúdo do curso a uma pessoa leiga, da comunidade.
Sob a supervisão da equipe da disciplina, com apoio de equipes pré-hospitalar da Renovias, Rota das Bandeiras e GRAU, os alunos do curso de medicina ministraram o curso para 133 pessoas que compareceram ao treinamento. Deste total, segundo os organizadores, 53,4% eram do sexo masculino. A faixa etária foi de 12 a 63 anos e média de idade foi de 35 anos; 17% eram estudantes universitários, 10% estudantes do ensino médio ou técnico, 10% controladores ou agentes de trânsito. Na maioria, 53% eram procedentes da EMDEC e 15% da Unicamp. Entre os participantes leigos, 59% já haviam realizado algum treinamento prévio sobre primeiros socorros e 55% já tinham presenciado alguma situação em que sentiu a necessidade de ter o domínio de treinamento em primeiros socorros.
O professor Gustavo P. Fraga, coordenador do curso e da disciplina, considerou que o “desempenho dos alunos foi muito bom, mostrando envolvimento e preparo dos alunos para ministrarem o treinamento, expressando segurança e domínio do conteúdo que aprenderam”.
Isso ficou evidente na avaliação após o curso, respondida por 58% participantes leigos: 80,5% consideraram o aprendizado grande ou muito grande; 93,5% disseram que o próprio interesse e envolvimento foram grande ou muito grande; 90,9% tiveram uma interação frequente com os alunos de medicina e 96,1% se sentiram capazes de auxiliarem num atendimento de urgência após o curso.
No segundo semestre será feito o feedback para os alunos e discutido com eles as melhorias para a organização e realização desse curso, abrindo perspectiva para um projeto de extensão envolvendo a universidade e a comunidade.
Texto: Gustavo Fraga e Edimilson Montalti
Fotos: Organização