Alunas do terceiro e quarto ano do curso de fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp estarão até sexta-feira (29) em diversos locais da Universidade, escolas e Centros de Saúde de Campinas orientando as pessoas sobre os cuidados com a voz e os perigos do ruído para a saúde. As ações fazem parte das campanhas do Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril e do Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, comemorado nesta quarta-feira (27). Hoje, das 14h25 às 14h26, será feito um minuto de silêncio para que as pessoas percebam os sons ao seu redor.
Uma conversa normal fica em torno de 55 decibéis. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), sons acima de 80 decibéis podem ser prejudiciais à audição. Este é o barulho de uma rua movimentada. O tema desde ano é “Não deixe o ruído invadir a sua cidade”. Ambientes de trabalho ruidosos, baladas e uso por tempo prolongado de fone de ouvido podem causar perda auditiva temporária ou definitiva. Fadiga, estresses, alterações hormonais, tensão muscular, irritabilidade, alterações respiratórias e gastrite são outras doenças que podem estar relacionas ao ruído excessivo.
“Hoje é muito comum o uso de MP3 dentro do ônibus. Um som nunca deve competir com o outro. O problema é o tempo de exposição ao ruído. As células ciliadas do ouvido, ao morrerem, não se recuperam mais”, explicou a quartanista do curso de fonoaudiologia da Unicamp, Suelen Cesaroni.
Além de orientações sobre o ruído, cada usuário que chegava à entrada do segundo andar do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp na manhã desta quarta-feira (27) recebia das mãos das alunas uma esponja vegetal. O objeto inusitado era uma associação para lembrar as pessoas dos problemas da voz. “Ao tomar banho, muitas pessoas cantam no banheiro”, explicou Suelen.
Para cuidar da voz, as fonoaudiólogas dão as dicas: beber bastante água para hidratar a garganta, não falar alto, não pigarrear, não beber álcool e nem fazer usa de balas de hortelã ou gengibre. “Esses alimentos adormecem a garganta e a pessoa usa a voz sem perceber. Quando passa o efeito, a voz fica pior”, disse Nathália Bertollotto, também quartanista do curso de fonoaudiologia da Unicamp.
O Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação (Cepre) da FCM da Unicamp oferece gratuitamente Pronto Atendimento Vocal (PAV) para quem quiser fazer uma triagem da voz. O telefone de contato é (19) 3521-9083. Para exames de audiometria é necessário encaminhamento via Centro de Saúde ou otorrinolaringologista.]
Texto e fotos: Edimilson Montalti