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O câncer é um dos problemas mais comuns da medicina atualmente, com cerca de 481 mil novos casos por ano, atingindo mais de um terço da população. O câncer de cabeça e pescoço é representado, em sua maioria, por alterações celulares epiteliais do tipo carcinoma espinocelular (CEC) que acometem as vias superiores aerodigestivas. Esses tumores são bastante agressivos. A grande maioria dos casos é representada por herança genética multifatorial. O câncer de orofaringe tem origem na região das amígdalas, base da língua, parede posterior da faringe, palato mole ou vulva e as principais queixas dos pacientes são a dor no local, a dor de ouvido e o aumento do volume dos linfonódos cervicais.
O estudo de Marília associa o carcinoma espinocelular a alguns polimorfismos, como o Kras-LCS6, que reduz significativamente o tempo de vida em pacientes com tumores de cabeça e pescoço; esta variante pode alterar a característica genética ou resposta terapêutica da doença. Outro polimorfismo estudado pela pesquisadora foi o SLC23A2, associado ao transporte da vitamina C presente em frutas cítricas, que pode alterar o risco de câncer de cabeça e pescoço em portares do vírus HPV16 Humano. A associação de ambos parece aumentar o risco de câncer de cabeça e pescoço, já que portadores do vírus tem um risco aumentado de desenvolver este tipo de tumor.
A pesquisadora utilizou um estudo prospectivo experimental onde foi utilizado o método de reação em cadeia de polimerase (PCR) associado à digestão enzimática onde foram avaliados, até o momento, 74 pacientes com relação a presença do alelo G ou T. Dos pacientes já avaliados, 82,4% apresentaram o genótipo TT, 14,8% o genótipo GT e 2,7% o genótipo GG. A pesquisadora encontrou até o momento uma alta freqüência do alelo T em comparação ao alelo G. “Pretendemos avaliar 200 pacientes e compará-los com amostras da população e com os dados clínicos para confirmarmos a existência dos polimorfismos. No caso do polimorfismo SLC23A2, em um primeiro momento, iremos verificar a associação dos genótipos com a doença e, posteriormente, faremos uma análise comparativa entre este polimorfismo e a presença do vírus HPV16 humano. Os estudos serão concluídos em julho de