XIX CoMAU incentiva alunos no desenvolvimento de pesquisas e atividades extracurriculares

Durante três dias, os alunos do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) participam do XIX Congresso Médico Acadêmico da Unicamp (CoMAU), evento científico da Unicamp organizado e promovido por alunos e pelo Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL). A abertura aconteceu na noite de terça-feira (9) no anfiteatro 1 da FCM. O CoMAU abrange temas de interesse acadêmico e de importância para a complementação do curso médico e a atualização do profissional de saúde. Durante o evento acontecem palestras com profissionais e apresentação de trabalhos de iniciação científica nas áreas básica, de cirurgia, clínica, ginecologia, pediatria e preventiva.

No total, 29 trabalhos foram escritos e concorrem ao prêmio Adolfo Lutz no valor de R$ 500,00 para cada categoria. Um deles será indicado para concorrer ao prêmio Lopes de Faria, entregue pela Câmara de Pesquisa da FCM em maio do ano seguinte. Os trabalhos são julgados por seis avaliadores nos quesitos texto e apresentação oral. “O mais interessante desta edição do CoMAU foi o apoio do comitê acadêmico da Associação Paulista de Medicina (APM) e a participação das ligas de emergência clínica, transplante, psiquiatria, homeopatia e medicina alternativa, numa tentativa de fazer uma construção mais coletiva do evento”, comentou Thais Machado Dias, quartanista do curso de medicina e uma das organizadoras do evento.

O professor do Departamento de Pediatria da FCM e orientador do congresso, Gil Guerra Jr., vê duas grandes funções do CoMAU. A primeira é a divulgação dos trabalhos de pesquisa dos alunos e a segunda são as palestras de temas pouco abordados no curso médico. Wilson Nadruz, coordenador da Comissão de Graduação em Medicina disse que é fã de carteirinha de atividades culturais, científicas e extracurriculares. “Vejo com bons olhos a qualidade e dedicação dos alunos na organização deste evento. Estimulem seus colegas a terem um lazer, um hobby ou uma atividade cultural e não deixem apagar essa chama”, aconselhou Nadruz.

O superintendente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp Manoel Bértolo lembrou que o HC é um dos locais onde os estudantes realizam os trabalhos apresentados no congresso. Rosa Inês Costa Pereira, diretora-associada da FCM, disse que o primeiro CoMAU aconteceu em 1992, seis anos após a mudança do curso de medicina da Santa Casa de Misericórdia para o campus da Unicamp e que a área hospitalar contribuiu para que os estudantes se interessassem em realizar pesquisas. “A formação médica não se restringe as aulas no hospital. Ela tem que passar por esse congressamento e é bom ser estimulada desde o primeiro ano do curso”, reforçou Rosa Inês.

O pró-reitor de graduação Marcelo Knobel representou o reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, na abertura do evento. O reitor mandou uma mensagem dizendo que tem muito apreço pelo CoMAU e que, por motivos de agenda, não poderia estar presente na abertura. Knobel disse que o mundo dá muitas voltas e, por vezes, há conexões que ligam as pessoas. Convidado a frequentar os eventos que acontecem na FCM, ele disse que se sente à vontade em estar na área da saúde, uma vez que seu pai foi professor da FCM e sua irmã se formou em medicina e participou da organização do primeiro CoMAU. “É raro encontrar na Unicamp um evento que dure tanto tempo e eu fico impressionado com a qualidade acadêmica e científica dos eventos organizados pelos alunos”, comentou Knobel.

Texto e fotos: Edimilson Montalti