FCM participa de evento sobre história da medicina

O Grupo de Estudos História da Ciência da Saúde (GEHCSaúde) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp participou de 6 a 9 de outubro do XV Congresso Brasileiro de História da Medicina e o II Congresso de História da Medicina do Rio de Janeiro. O evento aconteceu na Academia Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. O objetivo da participação no Congresso foi divulgar o GEHCSaúde e o Centro de Memória e Arquivo da FCM, estabelecer contatos com instituições de preservação da memória das ciências da saúde e constituir parcerias para futuras atividades.

“Levamos nossa experiência nas discussões e das ações do pensar a história das ciências da saúde por meio de um pôster que ficou saguão da Academia Nacional de Medicina. O museu do Rio Grande do Sul incluiu o Centro de Memória e Arquivo da FCM em sua rede de contatos. A Faculdade de Medicina de Goiás pretende incluir na graduação a disciplina de História da Medicina, a exemplo de outras faculdades de medicina. Essa é uma questão nacional e atual”, explicou Ivan Martins Franco do Amaral, um dos responsáveis pela manutenção e organização dos conjuntos documentais da FCM que representou o GEHCSaúde no Congresso Brasileiro de História da Medicina que teve mais de 250 inscritos. No total, 46 trabalhos foram expostos.

O Centro de Memória e Arquivo da FCM foi inaugurado em maio de 2008 numa área de 1.800 metros quadrados que engloba o Salão Nobre, o saguão de entrada da FCM e o Espaço das Artes. O Centro de Memória abriga o acervo permanente, o arquivo setorial, o Grupo de Estudo História das Ciências da Saúde (GEHCSaúde) e o setor higienização de documentos. Atualmente, segundo Ivan, o Centro de Memória já dispõem de documentos catalogados para serem consultados por pesquisadores, como por exemplo os da Graduação, do Centro de Controle em Intoxicações e o da Assessoria de Relações Públicas (ARP) da FCM.

“Essa documentação diz respeito às atividades de cada área e já avaliamos os aspectos históricos, jurídicos e administrativos. Os documentos passaram por uma higienização minuciosa e foram inventariados. Há documentos que tem sigilo e outros não, como os da ARP que tem um acervo rico os eventos realizados na faculdade, boletins e material de divulgação. Pretendemos usar o sistema PESQUISARQH da Unicamp para consulta digital. A ideia é que o pesquisador saiba onde está o documento antes de vir para cá”, esclareceu Ivan.

Algumas documentações estão em processamento técnico, como os acervos dos professores José Lopes de Faria, Oswaldo Vital Brazil, Mário Mantovanni e José Martins Filho. Há também o acervo de diapositivos (slides) das aulas do professor Silvio Carvalhal, com resultados de exames, anamnéses e anotações diversas, utilizadas como apoio didático para aulas e publicações de uso corrente pelo Departamento de clínica médica e outros desde a década de 1960. O projeto é digitalizar o acervo evitando o manuseio e a deteriorização, além de facilitar a indexação por ano, doença ou tratamento. “Estamos aguardando a aprovação da FAPESP para a realização deste projeto”, disse Ivan.

O Centro de Memória funciona das 9 ás 17 horas, de segunda a sexta-feira no prédio-sede da FCM, à rua Tessália Vieira de Camargo, 126, distrito de Barão Geraldo. Agendamento de visita e contato pelo telefone (19) 3521-9116 ou pelo e-mail cmemoria@fcm.unicamp.br