Exposição "Intensidades" fica até o dia 27 de agosto na FCM

 

Como escreveu Fernando Sabino, “o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Esta é a sensação que a artista plástica Márcia Nascimento trouxe para o Espaço das Artes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp com a exposição “Intensidades”, aberta no dia 29 de julho.

Nas 20 obras em óleo sobre tela, a artista demonstra a riqueza de detalhes e expressividade em trabalhos que vão da ilusão do espaço ao traço limpo da forma humana e remete à profundidade das cores, do traço e do movimento, muitas vezes permeada pela sutileza do que não é explícito, mas apenas sugerido e emanam toques de leveza e paixão.

Com formação na área de humanidades, Márcia passou a dedicar-se às artes visuais inicialmente como autodidata, para depois desenvolver sua linguagem plástica sob a orientação dos artistas Fábio Leonardi, Roberto Rossant e Maria Tereza F. Vilela.  Além de trabalhos acadêmicos, a artista utiliza-se da técnica chamada de “frotagem” para criar a sensação surreal que permeia algumas de suas obras.

A técnica foi usada pela a primeira vez pelo o pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos fundadores do movimento “Dada” e, posteriormente, um dos grandes nomes do Surrealismo. A frotagem consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície áspera e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de cera até a textura aparecer.

“É uma técnica que desfoca a imagem e cria uma sensação surreal. Além dela, pinto os quadros usando espátula. As cores são colocadas em camadas. Levo dias para terminar uma tela. Para está exposição, pintei várias ao mesmo tempo”, explicou Márcia, que trabalha no Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS) da Unicamp.

A exposição Intensidades fica até o dia 27 de julho no Espaço das Artes da FCM, localizado no saguão de entrada do prédio-sede da faculdade, à rua Tessália Viera de Camargo, 126, cidade universitária Zeferino Vaz, Campinas, SP. O horário da exposição é das 8h30 às 17h30, inclusive finais de semana. Entrada franca.