A presidente da ANAMT e professora do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, Márcia Bandini, explica, ainda, que é importante ver além dos dados oficiais. “É preciso olhar esse números da previdência com uma certa crítica, porque eles mostram só os dados de quem se afastou. Mas atrás disso tem gente que está com transtorno mental, está se tratando e continua trabalhando. A gente não enxerga”, comenta.
Márcia diz também que é necessário um acompanhamento dos profissionais que desenvolveram transtornos mentais e voltaram ao trabalho. “Muitos têm transtorno de estresse pós-traumático, que geralmente verificamos em motoristas e cobradores que foram vítimas de violência e assaltos. Quando acontece isto, o retorno ao trabalho precisa ser acompanhado com bastante cuidado, porque não raro os sintomas se prolongam por até um ano ou dois”.