Adultos com menor escolaridade, autodeclarados pretos e pardos e que não possuem plano de saúde privado apresentam prevalência elevada de hábitos não saudáveis, como inatividade física, tabagismo, sedentarismo e menor consumo de frutas e hortaliças. A constatação faz parte de pesquisa realizada pela FCM (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O estudo analisou dados de 49.025 brasileiros, entre 20 e 59 anos, com a finalidade de demonstrar como as desigualdades sociais estão determinando a presença de fatores de risco na saúde das pessoas. Segundo a médica epidemiologista Margareth Guimarães Lima, autora da pesquisa, os dados avaliados integram o banco de informações da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2013 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “Com esses dados em mãos, fizemos a análise dos perfis dos brasileiros no decorrer do ano de 2016”, conta a pesquisadora.