O médico sanitarista Gastão Wagner de Sousa Campos, professor titular do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, acaba de ser eleito presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), para o mandato de três anos (2015-2018). A escolha aconteceu durante Assembleia Geral do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão 2015), realizado de 28 de julho a 1 de agosto, em Goiânia, com a participação de cinco mil pessoas.
Em sua proposta de gestão intitulada “Projeto Aberto”, Gastão sinalizou o esforço de uma atuação democrática e construtiva, e a recusa pelo formalismo e hipocrisia. “De concessão em concessão, o inferno está forrado de traições às boas-intenções”, disse durante a apresentação da candidatura, em julho passado.
Ex-secretário de saúde da prefeitura de Campinas e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Gastão também é membro dos corpos editoriais das revistas Trabalho, Educação e Saúde e Ciência & Saúde Coletiva. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública; e atua nos seguintes temas: antitaylor, democracia em instituições e gestão de instituições.
Em 2013, Gastão foi homenageado pelo Programa Estadual DST/AIDS-SP, da Secretaria de Estado da Saúde, com o prêmio Brenda Lee (categoria políticas públicas) por sua atuação na luta contra a Aids, no Brasil. Em 2009 e 2010, ele também foi premiado, respectivamente, com a medalha Oswaldo Cruz e a medalha da Ordem do Mérito Médico, pelos serviços prestados à saúde do País.
Dar espaço a controvérsias, visando o encontro de objetivos comuns não é um problema para o novo gestor. “Nosso desafio é consolidar um projeto comum, apesar das diferenças de interesses e de perspectivas. A tarefa da atual diretoria é complexa, deveremos dar continuidade aos programas instituídos, mas, ao mesmo tempo, reconhecer impasses, desafios e imaginar novos caminhos”, disse Gastão à Abrasco.
Ao todo, 19 autoridades estiveram presentes na mesa de abertura do Abrascão 2015, entre as quais: Arthur Chioro e Aldo Rebelo, respectivamente, ministros da Saúde, e de Ciência, Tecnologia e Inovação; Joaquim Molina, representante da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil; Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz; Jarbas Barbosa, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Fernando Monti, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde e Luis Eugênio de Souza, presidente da Abrasco até a ocasião do Congresso.