O Movimento pela Despatologização da Vida realizou nesta quarta-feira (13), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o V Encontro Educação Politizada, Educação Despatologizada. A conferência de abertura foi feita pelo professor Miguel Arroyo, da Universidade Federal de Minas Gerais.
De acordo com a professora do Departamento de Pediatria da FCM, Maria Aparecida Affonso Moyses, toda a vida merece ser vida. Segundo a pediatra e uma das organizadoras do encontro, o cotidiano vem sendo violentamente invadido por atitudes microfascistas, como a questão da redução da maioridade penal. “Acreditamos que um dos principais elementos para a despatologização é politizarmos a vida. Numa escola politizada não há espaço para a patologização”, afirmou.
Para o professor Miguel Arroyo, a imagem romântica da infância precisa ser quebrada. Ultimamente, a infância e a adolescência são as idades com mais motivos para chorar, segundo o pesquisador da UFMG. “Quando a vida se patologiza, quem mais se patologiza é a infância e a adolescência. A pedagogia se esqueceu da infância e quando a pedagogia se esquece da infância, se esquece dela mesma”, ressaltou.
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