Pergunta: Como o aluno com baixa visão enxerga?
Resposta: O escolar com baixa visão enxerga pouco, mesmo com o uso de óculos. Ele deve ser estimulado a usar a visão residual (que resta) ao máximo. Ele não é cego e não deve ser tratado como tal.
Pergunta: Os alunos videntes devem ser informados sobre a condição visual do colega que tem baixa visão?
Resposta: Sim. Um trabalho de conscientização é importante. Quanto mais informações forem disseminadas, menor será o preconceito e maior a aceitação das diferenças.
Pergunta: O que o professor precisa saber do médico oftalmologista sobre a criança com baixa visão?
Resposta: A causa da baixa visão, onde se localiza a doença, como a doença altera a visão (limitações e potencialidades), qual é a sua evolução (prognóstico) e quais são os cuidados especiais necessários.
Pergunta: Como o professor deve se expressar quando a criança com baixa visão estiver na classe?
Resposta: Normalmente, na nossa linguagem, utilizamos expressões coloquiais, tais como: "viu só", "você viu aquilo?", "vejo você mais tarde" - que não necessariamente estão querendo questionar se a criança viu ou não, mas se ela se deu conta ou se percebeu algo. Por isso, não há necessidade de evitar essas frases.
Pergunta: Computador, jogos vídeo e TV são prejudiciais às crianças com baixa visão?
Resposta: O estímulo visual, ao contrário do que alguns pensam, favorece a rápida compreensão da leitura. O uso de computador ou dos jogos vídeo exige um esforço visual que pode levar ao cansaço, mas não causa lesão nos olhos. A causa do cansaço pode ser o excesso dessa atividade. Da mesma maneira a televisão também não causa lesões oculares e, portanto, não prejudica a visão.
Pergunta: O aluno com baixa visão deve usar o braille?
Resposta: Não. O Braille desestimula o uso da visão residual, portanto só é indicado para alunos com cegueira.
Pergunta: O que o professor deve observar na classe para determinar se outras criança têm problemas visuais?
Resposta: O escolar dificilmente conseguirá verbalizar as mudanças visuais que ocorrem com ele. O professor deve ficar atento às seguintes manifestações:
- Modificações físicas na área dos olhos (pupilas brancas, vesguice etc.)
- Dificuldade de se locomover, tombos freqüentes, tropeções, esbarrões nos batentes das portas.
- Dificuldade em copiar a matéria, ler, desenhar.
- Comportamento diferente do anterior: mais tímida, medrosa, com medo de se expor, principalmente em brincadeiras ao ar livre. Fica irritadiça.
- Observar se a criança aproxima objetos e livros dos olhos com freqüência.
- Observar se a criança tem aversão à luz ou necessita de muita luz para suas tarefas.
- Observar se a criança apresenta dor de cabeça, lacrimejamento ou desinteresse pelo que ocorre a uma certa distância.
Nesses casos, o professor deve comunicar à direção da escola/pais a necessidade da criança passar por exame oftalmológico.