Qualificações e Defesas

Candidato(a): Morgana Danúbia Gomes de Souza Bonfitto Orientador(a): Sophie Francoise Mauricette Derchain
Mestrado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 02/04/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Caism (Kazue Panetta)
Banca avaliadora
Titulares
Sophie Francoise Mauricette Derchain - Presidente
Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale
Icleia Siqueira Barreto
Suplentes
José Carlos Campos Torres - Universidade Estadual de Campinas

Candidato(a): Luara Inocêncio Pereira Silva Orientador(a):
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 03/04/2025, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro da CPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Lígia dos Santos Roceto Ratti - Presidente
Hospital das Clínicas da UNICAMP- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Mariangela Ribeiro Resende
Ivete Alonso Bredda Saad- HES - Hospital Estadual de Sumaré
Suplentes
Fabiana Della Via - Hospital e Maternidade Galileo

DISPARIDADES NO CUIDADO OBSTÉTRICO: A COR DA PELE IMPORTA?

Candidato(a): Amanda Dantas Silva Orientador(a): Fernanda Garanhani De Castro Surita
Doutorado em Tocoginecologia Coorientador(a): Silvia Maria Santiago
Apresentação de Defesa Data: 04/04/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta
Banca avaliadora
Titulares
Fernanda Garanhani De Castro Surita - Presidente
Claudia Garcia Magalhaes
Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale
Roseli Mieko Yamamoto Nomura- Universidade Federal de São Paulo
Anna Christina Bentes Da Silva
Suplentes
Carla Betina Andreucci Polido - Universidade Federal de São Carlos
Samira El Maerrawi Tebecherane Haddad
Adriana Gomes Luz
Anderson Pinheiro - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: O racismo estrutural é determinante da saúde. A satisfação com a assistência ao parto é indicadora da qualidade do cuidado prestado, e a discriminação racial se associa com piores resultados – desde menor satisfação com o parto até a mortalidade materna. Objetivo: abordar racismo institucional com ginecologistas, comparar a mortalidade materna no Brasil e o grau de satisfação com a assistência ao parto segundo a cor de pele. Métodos: conduzimos três estudos: 1. artigo de opinião sobre a presença do racismo na assistência à saúde da mulher. 2. estudo retrospectivo com dados públicos dos Painéis de Mortes Maternas (MM) e de Nascidos Vivos (NV), do Ministério da Saúde. Comparamos as razões de mortalidade materna (RMM) de 2017 a 2022 entre mulheres pretas, pardas e brancas, de acordo com causa da morte, idade materna, região geográfica e períodos antes e durante a pandemia. Calculamos as razões de prevalência com seus respectivos intervalos de confiança (IC 95 ), com o software EpiInfo 7.0. 3. estudo misto com componente quantitativo (3A,corte transversal) e qualitativo (3B) com puérperas de um hospital terciário em Campinas- SP conduzido entre 2021 e 2024. Dados sociodemográficos e obstétricos foram obtidos através de formulário específico. Aplicamos a Escala de Satisfação de Mackey para avaliar a satisfação na assistência ao parto em 300 mulheres. A cor da pele foi categorizada em negra e não negra e feita análise bivariada, considerando nível de significância de 5 , com o software SAS 9.4. Na parte qualitativa, realizamos entrevistas individuais semiestruturadas com 21 puérperas pretas e pardas. A seleção da amostra foi intencional, por saturação. Feita análise de conteúdo. 4. Normativas técnicas, entrevistas e outras abordagens. Resultados: 1: o racismo estrutural e institucional permeia os resultados em saúde, com impacto negativo em desfechos maternos e neonatais. 2: De 2017 a 2022, a RMM foi de 68,0. A RMM foi quase duas vezes maior entre mulheres pretas em comparação com brancas (125,81 vs 64,15, PR = 1,96, IC95 : 1,84–2,08) e pardas (125,8 vs 64,0, PR = 1,96, IC95 :1,85–2,09). A RMM foi maior entre mulheres pretas do que brancas ou pardas em todas as regiões geográficas, faixas etárias e causas. Durante a pandemia de COVID-19, a RMM aumentou em todos os grupos de mulheres, e as diferenças entre mulheres pretas e brancas (PR = 1,79, IC95 : 1,64–1,95) e pretas e pardas (PR = 1,92, IC95 : 1,77–2,09) permaneceram. 3: 3A - Cortetransversal - 300 puérperas, 182 (60,7 ) negras. As mulheres negras estavam menos satisfeitas com a capacidade de lidar com as contrações (p=0,046), conforto e bem-estar durante o trabalho de parto (p=0,035), controle das ações durante o trabalho de parto (p=0,003) e parto (p=0,03), quantidade de explicações recebidas da equipe de enfermagem (p=0,039), atitude do médico (p=0,023) e menor satisfação geral com a experiência de parto (p=0,013) em comparação com as mulheres não negras. As negras também tiveram uma pontuação menor na subescala geral de satisfação (p=0,011) e na de autoavaliação (p=0,02). 3B: a partir da análise temática do discurso das entrevistadas foram elaborados três temas: (1) O não dito: vivências sobre a cor de pele e assistência ao parto; (2) As várias manifestações de dor que permeiam a experiência do parto; (3) Autonomia e informação: a falta de informação pode levar à sensação de não estar no controle do processo. 4. Outros trabalhos publicados em jornal e revistas e material audiovisual e entrevistas para mídias convencionais. Conclusão: Reconhecer o racismo e compreendê-lo são essenciais para reduzir as desigualdades em saúde, as mulheres pretas apresentam maiores taxas de mortalidade materna do que brancas e pardas. Mulheres negras apresentaram menor grau de satisfação com a assistência ao parto, e suas percepções sobre a experiência do parto demonstraram a complexidade do racismo no Brasil, além de vivências de dor em suas várias manifestações e falta de autonomia e informação.



Candidato(a): Gisela Tan Oh Napoli Orientador(a): Almiro José Machado Júnior
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 04/04/2025, 09:00 hrs. Local: online
Banca avaliadora
Titulares
Almiro José Machado Júnior - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Mônica Fernandes Gomes- Faculdade de Odontologia da UNESP - São José dos Campos
José Benedito Oliveira Amorim- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus São José dos Campos
Suplentes
Ana Célia Faria - Faculdade de Ciências Médicas

Candidato(a): Rayan Russo Ramos Orientador(a): Lígia dos Santos Roceto Ratti
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 07/04/2025, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela da CPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Lígia dos Santos Roceto Ratti - Presidente
Hospital das Clínicas da UNICAMP- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Leticia Baltieri- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Ana Paula Devite Cardoso Gasparotto- Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Luciana Castilho de Figueiredo - Universidade Estadual de Campinas