XXXII CoMAU - 2023


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AVALIAÇÃO DE MANCHAS NO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: UM ESTUDO QUASE-EXPERIMENTAL

Autores: Ana Beatriz Alves dos Santos, Vanessa Aparecida Vilas-Boas, Thamiris Cavazzani Vegro Czempik,



RESUMO

Introdução: A deterioração química dos instrumentais cirúrgicos ocorre devido ao uso de produtos de limpeza, desinfetantes e esterilização após um grande número de reprocessamentos1-2. A ausência de padronização nos processos e produtos pode favorecer o aparecimento de manchas de diversas cores1, assim como a qualidade da água utilizada. Uma grande preocupação com relação à presença de manchas em um instrumento esterilizado é o risco de contaminação cruzada entre pacientes pela dificuldade em distinguir se a mancha corresponde a presença ou não de sujidades ou secreções, decorrentes de um processo de limpeza inadequado. Objetivo: O objetivo geral deste trabalho é comparar a presença de manchas no instrumental cirúrgico novo e usado, segundo o tipo de secagem manual ou automatizada, além de analisar se a mancha apresenta matéria orgânica. Metodologia: Trata-se de um estudo quase-experimental de grupos não equivalentes, no qual a amostra foi composta por 31 instrumentos cirúrgicos novos e 31 usados, totalizando 62 peças. Os instrumentos foram identificados, via gravação a laser, conforme o tipo de secagem manual ou automatizada, de modo a compor quatro grupos de comparação. O estudo foi realizado no centro de material e esterilização de um hospital público. Os dados foram coletados com auxílio de um formulário elaborado pelos autores. Instrumentos com manchas foram submetidos ao teste de verificação de proteína e, posteriormente, fotografados. Realizada análise descritiva e testes de associação com nível de significância de 5%. Resultado: Após a secagem automatizada observou-se maior número de manchas no instrumental cirúrgico, comparada à secagem manual. A mancha do tipo ferrugem foi a mais frequente, com coloração característica amarelada ou marrom escuro. O teste de verificação de proteína foi negativo em todas as manchas analisadas. Conclusões: O processo de limpeza também pode causar danos ao instrumento cirúrgico por corrosão. O ciclo completo de limpeza automatizada inclui pré-lavagem, lavagem, enxágue, enxágue com água de osmose reversa, secagem e termodesinfecção. Considerando que os instrumentos cirúrgicos termorresistentes vão passar pelo processo de esterilização, padronizar um ciclo com menor tempo, apenas para as fases de pré-lavagem, lavagem e enxágue, ou seja, sem a secagem e sem a termodesinfecção, otimizaria o fluxo de materiais e o uso do equipamento, reduzindo a incidência de manchas e o retrabalho da equipe de enfermagem.



PALAVRA-CHAVE: Enfermagem perioperatória; Instrumentos cirúrgicos; Corrosão.




ÁREA: Cirurgia

NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa

FINANCIAMENTO: CNPq




XXXII CoMAU - 2023

29, 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2023
FCM/Unicamp


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