Autores:
Djalma de Campos Gonçalves Junior, Ingrid Wenzel Prochnou, Marcela Baer Pucci,
Introdução: A terapia assistida por animais (TAA) requer critérios específicos pré-estabelecidos por profissionais de saúde e que tem objetivos em aprimorar aspectos físicos, cognitivos ou emocionais dos pacientes envolvidos. A ansiedade está dentre os transtornos psiquiátricos mais frequentes nos brasileiros e é o que mais afeta a qualidade de vida. Já a depressão vem ganhando um maior destaque nos estudos contemporâneos de saúde mental, deixando de ocupar a categoria de tabu em um passado não muito distante. Portanto, a utilização de TAA torna-se uma possibilidade terapêutica quando a efetiva participação dos animais no cotidiano dos indivíduos contribui positivamente para auxiliar o bem-estar mental. Os cães, em suma, demonstram maior afeição e são os mais cooperáveis com as atividades humanas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa que segue as diretrizes propostas por SOUZA et al. (2010). Foram pesquisados na busca avançada da plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS Saúde), com busca nas bases de dados da Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Índice Bibliográfico. Español en Ciencias de la Salud (IBECS), os termos combinados “terapia assistida por animais” e “depressão”; e “terapia assistida por animais” e “ansiedade”. Foi usado como critério de inclusão o trabalho ter sido produzido no Brasil, nos últimos 10 anos (2013 - 2023). Resultados: Os três artigos que foram incluídos nessa revisão integrativa representam iniciativas de usar a terapia assistida por animais como recurso para auxiliar na melhora da saúde mental e expressam iniciativas feitas em cenários distintos: adultos com deficiência intelectual, pacientes do setor de pediatria em um hospital oncológico e idosos com demência moradores em uma instituição de longa permanência. Discussão: A possibilidade de criar um ambiente para vazão de pensamentos e reflexão coletiva sobre temas da vida cotidiana é um importante ponto de partida para trabalhar patologias da saúde mental. Com isso, o uso da TAA pode ser um recurso para criar esse ambiente tão importante para a identificação, tratamento e melhora dos desfechos desses transtornos. Além disso, a apresentação dessas pessoas a co-terapeutas animais demonstram benefícios na melhora dessas patologias bem como ajudar a criarem pensamentos mais amenos sobre as circunstâncias que estão enfrentando. Por fim, a melhora motora e cognitiva de pacientes expostos a animais pode ser interessante a longo prazo para preservar a funcionalidade da motricidade cotidiana, prevenindo transtornos relacionados à saúde mental decorrentes da incapacidade de exercer atividades diárias. Conclusão: Portanto, a terapia assistida por animais, segundo os achados desta revisão integrativa, tem demonstrado, na maioria das experiências, impactos positivos na saúde mental dos indivíduos expostos em situações heterogêneas e permite que seja um recurso adicional para melhorar o diagnóstico, tratamento e desfecho dessas psicopatologias.
PALAVRA-CHAVE: terapia assistida por animais, saúde mental, depressão, ansiedade
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