Autores:
Mirella Menaque da Paz, Mariana Porto Zambon, Maria Ângela Reis de Góes Monteiro Antonio,
Introdução: A pandemia de COVID-19 levou a adoção de medidas protetivas e de contingenciamento social em todo o mundo, o que afetou todas as faixas etárias. As crianças e adolescentes enfrentaram mudanças nos hábitos alimentares, redução da atividade física, comportamento sedentário e aumento de exposição de tela e fatores estressores que são sabidamente gatilhos para o ganho de peso. Objetivo: analisar as implicações das medidas de contingenciamento social e interrupção do acompanhamento ambulatorial sobre o ganho de peso de crianças e adolescentes com diagnóstico prévio de obesidade. Método: Foi realizado um estudo transversal com dados obtidos dos prontuários de crianças e adolescentes acompanhadas no Ambulatório de Obesidade na Criança e no Adolescente do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, no período de 2019 a 2023. Foram coletados dados da última consulta até março de 2020 e da primeira consulta após novembro de 2020. O estudo foi dependente apenas da avaliação de prontuários, evitando-se, assim, qualquer contato entre pesquisador e participantes da pesquisa. A identidade dos pacientes observados não será revelada. Assim, garante-se a integridade e preserva-se dados que possam identificá-los, assegurando a privacidade, sigilo e confidencialidade. Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, bem como o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido e Termo de Compromisso de Utilização de Dados, em caso de perda de seguimento e óbito. Analisou-se o ganho ponderal, altura, a variação do IMC e escore Z de IMC. Os dados foram computados e analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando p<0,05. Justificativa: Tais informações poderão contribuir para que haja um atendimento clínico mais personalizado à realidade dessas crianças e adolescentes, auxiliando na busca de comorbidades e doenças associadas, assim como influenciando na mudança de estilo de vida com uma alimentação mais saudável e prática de exercícios físicos. Conclusão: Evidenciou-se que 65,3% da casuística apresentou aumento significativo de escore-z de IMC. (p < 0,01)
PALAVRA-CHAVE: Obesidade pediátrica, Ganho de peso, Pandemia.
ÁREA: Saúde da Criança e do Adolescente
NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa
FINANCIAMENTO: CNPq
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