XXXII CoMAU - 2023


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PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES NA FASE CRÔNICA DA DOENÇA DE CHAGAS ATENDIDOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS NO PERÍODO DE 2015-2021

Autores: Larissa Eri Katayama, Luiz Claudio Martins,



RESUMO

Introdução: A Doença de Chagas é causada pelo parasito Trypanosoma cruzi, endêmica em 20 países da América Latina e com casos em diversos outros países, e uma das 20 doenças tropicais negligenciadas, atingindo entre 7 e 8 milhões de pessoas no mundo. Pesquisar a epidemiologia da Doença de Chagas é importante para a condução do raciocínio clínico e para pensar em medidas de controle e tratamento, além de ser possível avaliar a evolução da Doença de Chagas no Brasil por meio da comparação com outros estudos. Objetivo: Estudar o perfil clínico-epidemiológico dos participantes da pesquisa portadores da doença de Chagas atendidos no Hospital das Clínicas da Unicamp. Serão coletados dados sobre idade, sexo, naturalidade, procedência, exames diagnósticos e sorologia, comorbidades, forma clínica e tratamento do participante da pesquisa. Métodos: O trabalho atual é uma continuação do trabalho de Bruscato, A. (2018), o qual analisou os prontuários de participantes da pesquisa de 2010-2014. Sendo assim, o projeto atual coletou dados de 80 prontuários de pessoas com Doença de Chagas que frequentaram o ambulatório de 2015-2021 para fins de análise e comparação com as estatísticas anteriores. Os dados coletados foram: idade, sexo, naturalidade, procedência, data da última consulta, data do diagnóstico, ocasião do diagnóstico e exame utilizado para diagnóstico, idade na descoberta do diagnóstico,forma clínica, comorbidades e tratamentos com medicação de uso contínuo. Estes dados foram tabelados e analisados para composição dos resultados. Resultados e discussão: Os dados foram organizados em 4 tabelas. Em relação à dados epidemiológicos, 78 participantes da pesquisa (95,50%) moram atualmente em São Paulo, porém, apenas 15 (18,75%) nasceram em São Paulo. A faixa etária de 45-75 anos compreende um quarto dos casos atendidos pelo ambulatório do GeDoCh (n=63, 78,75%), sendo que a faixa dos 45 aos 65 anos representa mais de metade (n=44, 55%). Considerando apenas os 56 prontuários com dados sobre a forma clínica, 50% apresentavam a forma cardíaca, 35,71% apresentavam a forma indeterminada, 23,21% a forma esofágica e 12,50% a forma intestinal. Os participantes que possuíam o dado de idade do diagnóstico de Doença de Chagas distribuíram-se entre os 40-80 anos, com predominância dos 35-40 anos (n=7, 36,84%). As comorbidades mais presentes nos participantes da pesquisa foram hipertensão arterial sistêmica (n=26, 32,5%), dislipidemia (n=14, 17,5%) e diabetes mellitus tipo 2 (n=12, 15%). Doze (15%) indivíduos negaram possuir outras comorbidades. Em relação aos tratamentos, as principais classes utilizadas foram anti-hipertensivos (n=29, 36,25%), estatinas e outros moduladores lipídicos (n=21, 26,25%) e anti-ácidos, anti-eméticos, estimuladores da motilidade gástrica e inibidores da bomba de prótons (n=17, 21,25%). Dez pacientes negaram uso de outros medicamentos (12,5%). Conclusão: O estudo completou o perfil epidemiológico de 2015-2021. Na comparação, percebemos mudanças importantes nestes intervalos de 5 anos, com impossibilidade de descartar transmissão por vetor da Doença de Chagas nos anos recentes.



PALAVRA-CHAVE: Doença-de-Chagas, epidemiologia, doenças-negligenciadas




  Apresentação



ÁREA: Clínica Médica

NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa

FINANCIAMENTO: CNPq




XXXII CoMAU - 2023

29, 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2023
FCM/Unicamp


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