XXXII CoMAU - 2023


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PRESCRIÇÃO E USO DE ASPIRINA COMO MÉTODO PROFILÁTICO PARA A PRÉ-ECLÂMPSIA

Autores: Júlia de Oliveira Nadaleto, Ricardo Porto Tedesco,



RESUMO

Introdução: A pré-eclâmpsia é uma doença responsável por complicações maternas e perinatais caracterizada pelo desenvolvimento de hipertensão, proteinúria e/ou, não raro, disfunção de órgãos-alvo, após 20 semanas de gestação. Apresenta uma etiologia incerta, de modo que identificar os fatores de risco associados, os quais podem ser elevados ou moderados, é de extrema importância. Diante dessa condição, o uso de aspirina (ácido acetilsalicílico), em baixas doses, como método profilático para pacientes de alto risco mostrou-se eficaz na prevenção da pré-eclâmpsia pré-termo. Nessa perspectiva, para que haja prescrição desse medicamento adequadamente, a consulta pré-natal de qualidade é essencial. Contudo, no Brasil, muitas vezes, há prejuízos devido à falta de conhecimento sobre o assunto por profissionais de saúde, os quais não instruem as pacientes ao uso da aspirina. Ademais, além da gestação, o período pós-parto permanece crítico, fazendo-se necessário acompanhamento no puerpério também. O objetivo do estudo foi analisar se pacientes com o diagnóstico de pré-eclâmpsia e com fatores de risco associados foram orientadas sobre o uso de aspirina e se aderiram ao tratamento corretamente. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo, de corte transversal. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas com pacientes portadoras de pré-eclâmpsia em um Hospital Público no interior do Estado de São Paulo e preenchimento de questionário, desenvolvido pela autora. A quantificação e análise dos dados foi realizada através de planilha no Excel®. Resultados: Um total de 100 pacientes foram incluídas no estudo. Verificou-se que 49% das mulheres com indicação para fazer uso da aspirina como método profilático foram orientadas. Das pacientes orientadas, 98% aderiram ao tratamento. Na amostra estudada, os fatores de alto risco mais prevalentes foram: hipertensão crônica (24%) e história prévia de pré-eclâmpsia (23%) e o fator de médio risco mais prevalente foi a obesidade (50%), seguido de fatores de história pessoal (43%) e nuliparidade (39%). Ademais, 26% das pacientes incluídas eram puérperas. Discussão: A terapia com aspirina em baixas doses é a única para a qual há evidências comprovadas de benefício na redução de risco de pré-eclâmpsia. Em uma meta-análise de estudos de coorte, a maior taxa de pré-eclâmpsia ocorreu em pacientes com síndrome antifosfolípide e o maior risco relativo de PE ocorreu em pacientes com história pregressa da doença. Conclusão: Ainda não faz parte da rotina de muitos profissionais de saúde nas consultas de pré-natal orientar pacientes com fatores de risco para a pré-eclâmpsia a fazerem uso da aspirina em baixas doses como método profilático. O reconhecimento dos principais fatores de risco relacionados auxilia na capacitação desses profissionais e na assistência a gestantes e puérperas.



PALAVRA-CHAVE: Pré-Eclâmpsia, Aspirina, Profilaxia, Assistência Pré-Natal, Fatores de Risco




ÁREA: Ginecologia e Obstetrícia

NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa




XXXII CoMAU - 2023

29, 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2023
FCM/Unicamp


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