Autores:
Natallie Frassane Guimarães, Ana Paula Boaventura,
Introdução: Sendo o trauma considerado uma lesão física gerada por causas externas lesivas ou violentas, responsável por diversos óbitos no Brasil e mundo o qual exige cuidado integral de uma equipe multiprofissional, em que se insere o enfermeiro, este profissional deve ser capaz de executar práticas baseadas em evidências, atuar na gestão e documentação dos casos através de seu instrumento de Processo de Enfermagem (PE), podendo ser assinalado como importante documento para proteção da equipe de enfermagem, bem como responsável por identificar possíveis ações a serem aprimoradas na assistência. O presente estudo objetivou avaliar o conhecimento dos enfermeiros da equipe de uma Unidade de Emergência Referenciada (UER) de um Hospital Universitário prévia e posteriormente a intervenção educativa continuada referente a temática PE em sala de emergência para atendimento ao paciente politraumatizado a partir de instrumento validado por juízes experts na mesma área de conhecimento do projeto. Metodologia: Trata-se de uma Iniciação Científica de abordagem prospectiva, quantitativa e descritiva, possui aprovação pelo Comitê de Ética sob o parecer 5.075.811. O estudo validou instrumento junto de profissionais experts na área de urgência e emergência através do Método Delphi utilizando Índice de Validade de Conteúdo de 80% para cada item validado, o cálculo consiste na divisão do número total de especialistas que atribuíram os escores 3 (concordo parcialmente) e 4 (concordo) pelo número total de especialistas que participaram da rodada de validação). O instrumento propôs avaliar estatisticamente o conhecimento prévio e posterior à intervenção educativa sobre PE em atendimento ao paciente politraumatizado dos enfermeiros da UER após preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de forma a considerar a aquisição de conhecimentos após a intervenção se os participantes obtiverem resultados iguais ou superiores à 8 pontos. Resultado e discussão: A etapa inicial contou com a participação de 30 juízes, todos com expertise na área de Urgência e Emergência e possibilitou a validação do instrumento com resultados superiores à 80% para itens de conteúdo, aparência, clareza/compreensão e objetivo, proporcionando estimar a pertinência e relevância do instrumento, raciocínio clínico e discussão referente aos diagnósticos prioritários e a execução do PE pelos juízes. A segunda etapa conteve a participação de 16 enfermeiros atuantes na UER/HC, com média de idade de 38 anos e 32 meses de atuação na unidade. Identificou-se aperfeiçoamento da acurácia e identificação dos Diagnósticos de Enfermagem prioritários aos casos clínicos, com média de resultado prévio à intervenção educativa de 6,3 pontos e posterior de 8,7 pontos. Conclusão: Conclui-se que, a presente IC teve demasiada importância sabendo da escassa quantidade de pesquisas referentes a PE em sala de emergência, demonstrando a possibilidade e necessidade de adotar este instrumento sistematizado nestes ambientes. Ademais, constatou-se que os enfermeiros da unidade dos quais já haviam tido contato com o PE durante a formação permanente obtiveram resultados prévios superiores. De forma favorável, mais da metade apresentou resultados posteriores consideravelmente superiores quando comparados aos anteriores a intervenção, infere-se que, após discussão de casos clínicos foi possível aprimorar a acurácia da escolha do DE prioritário, manifestando a importância da educação contínua dos enfermeiros em suas unidades para que sintam-se estimulados a realizarem o PE.
PALAVRA-CHAVE: Educação em Saúde; Processo de Enfermagem; Trauma.
ÁREA: Gestão, Qualidade e Tecnologias de atenção à saúde
NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa
FINANCIAMENTO: CNPq
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