Autores:
Matheus Guedes da Silva, Maria Angela Bellomo Brandão,
Resumo INTRODUÇÃO: Comumente chamada de pedra na vesícula, a colelitíase é caracterizada pelo depósito de cálculos na vesícula biliar, podendo esses serem pigmentares ou de colesterol, dependendo da sua origem. Na população adulta, a fisiopatologia e os tratamentos estão bem descritos na literatura. Contudo, o mesmo não acontece com os pacientes pediátricos, de modo que, ainda que seja uma doença com baixa prevalência, os diagnósticos estão aumentando nos últimos anos, e a ausência de protocolos diagnósticosterapêuticos bem definidos torna desafiador o acompanhamento desses pacientes. OBJETIVO: Avaliar as características clínicas, diagnostico, complicações, tratamento, seguimento dos casos de colelitíase pediátrica e identificar quais são os fatores associados na escolha do tratamento cirúrgico ou clinico. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva dos casos de pacientes atendidos no Ambulatório de Pediatria do Hospital das Clínicas da UNICAMP, que atende pacientes de 0 a 18 anos, com diagnóstico de colelitíase aguda ou crônica, confirmado pelo exame de ultrassonografia realizado em nosso serviço no período de 2007 a 2021.Foi realizado um levantamento dos casos atendidos com diagnóstico de colelitíase por meio de uma análise de prontuários, avaliando: quadro clínico, complicações, exames realizados, procedimentos realizados e evolução do paciente. RESULTADOS: Foram obtidos dados de 35 pacientes atendidos no Ambulatório de Pediatria do HC da UNICAMP, de maio de 2007 a março de 2021, sendo 18/35 (51%) do sexo feminino. A média do tempo de acompanhamento para cada paciente foi de 1 ano e 6 meses (DP = + 1, 5 anos), a média de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de 8 anos e 5 meses (DP = + 5,5anos), 21, foram submetidos à colecistectomia por videolaparoscopia. O sintoma mais frequente foi a dor abdominal e esteve associado também a escolha do método cirúrgico. Os exames laboratoriais não foram associados a escolha do tipo de tratamento clínico / cirúrgico, assim como as comorbidades, presentes em 13 pacientes. CONCLUSÃO: A dor abdominal foi o sintoma mais frequente e também mais significativo a realização da colecistectomia. Além disso, comorbidades e alterações de enzimas hepáticas estiveram presentes em nossa amostra, porém não foram significativas na escolha entre o tratamento clinico/cirúrgico.
PALAVRA-CHAVE: Colelitíase, crianças, Cálculos Biliares
ÁREA: Saúde da Criança e do Adolescente
NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa
FINANCIAMENTO: PIBIC
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