XXXI CoMAU - 2022


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AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA E ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

Autores: Tamiris Aparecida de Moraes Fiorato, André Souza Leite Vieira, Fernanda Garanhani de Castro Surita, Laura Cintra Vinchi,



RESUMO

Objetivo: Identificar os índices de Atividade Física (AF) e Qualidade de Vida (QV) entre estudantes de medicina e enfermagem, identificar se há uma abordagem sobre Exercício Físico (EF) na graduação e verificar quais os conhecimentos dos estudantes em relação ao Exercício Físico. Método: Estudo prospectivo de corte transversal, no qual foram aplicados questionários para identificar o conhecimento sobre EF por parte dos estudantes de medicina e enfermagem, identificar seus índices de AF (IPAQ) e QV (WHO-5) e identificar como é feita a orientação sobre EF na graduação. Resultados: A idade dos participantes variou de 18 a 58 anos, com média de 22 anos (DP 4,35). O índice de massa corporal (IMC) variou entre 16,73 e 36,49, e a média foi de 23,22 (DP 3,63). De acordo com os 34 (22,82%) participantes que relataram não praticar AF, os motivos mais citados para não fazer EF foram falta de tempo (43,04%), falta de recursos financeiros e ambiente adequado ( 26,59%), não se sentir à vontade para se exercitar (15,19%), entre outros (15,19%). De acordo com as respostas, 99 (66,44%) participantes não tiveram o conteúdo sobre AF e EF durante os cursos de graduação. Entre os participantes que relataram ter esse conteúdo sobre EF em cursos de graduação ou na prática profissional, 37 (74%) responderam que as abordagens dos conteúdos de EF não foram suficientes para esclarecer dúvidas sobre esses temas. Em relação ao WHO-5, o escore médio foi de 13,11 (dp 4,03), com valor percentual de 52,44% para o índice de bem-estar e QV. De acordo com o IPAQ, 42 (28,19%) participantes foram classificados como “muito ativos”, 53 (35,57%) participantes como “ativos”, 28 (18,79%) participantes como “irregularmente ativos A”, 24 (16,11%) como “ irregularmente ativo B” e 2 (1,34%) participantes foram considerados “sedentários”. Discussão: Estudos indicam que os estudantes possuem fatores que influenciam para um comportamento sedentário, como à falta de tempo de lazer e às condições estressantes do ambiente universitário. Além disso, há a condição atual da pandemia de COVID-19, que corrobora para este comportamento devido às restrições e bloqueios impostos. A atlética da Faculdade de Medicina oferta modalidades esportivas, o que estimula a prática de EF, a da enfermagem também, porém com baixa adesão. Os estudantes de enfermagem tendem a se descuidarem de sua saúde em termos de inatividade física, e nesse sentido, os educadores devem auxiliar os estudantes no autocuidado, visando na melhoria e preservação da saúde. Os participantes que se exercitam tiveram um escore WHO-5 mais alto e autoperceberam seu estado de saúde como “muito bom” e “excelente”. A literatura está de acordo com isso, pois a prática regular de EF tem influência positiva na saúde física, mental e emocional, reduzindo os níveis de estresse e contribuindo para melhor bem-estar e QV. Entretanto, o escore médio da OMS-5 acabou sendo 13,78 (dp 3,78) entre os que se exercitam e 10,85 (dp 4,08) entre os que não, indicando que o índice de bem-estar e a QV da amostra foram baixos para ambos os grupos. Um dos supostos motivos é o fato de a amostra ter sido condicionada por demandas acadêmicas e profissionais, principalmente durante a pandemia de COVID-19, que impactaram principalmente a saúde mental e emocional dos indivíduos. Quanto ao ensino sobre AF e EF, mais da metade afirma não ter aulas sobre esse tema, e dentre os que tiveram um 74% afirmaram que não foram suficientes para esclarecer dúvidas. Isso demonstra um grande paradoxo sobre a prática da EF por estudantes e profissionais de saúde e a percepção da transmissão do conteúdo, algo que pode afetar o cuidado futuro dos pacientes quanto às orientações da EF. De acordo com a literatura, os profissionais médicos e enfermeiros são grandes fontes de divulgação de informações e orientações para seus pacientes, sendo a graduação um momento oportuno para aprender sobre EF, visando uma abordagem efetiva na prática clínica. Conclusão: Estudantes de medicina e enfermagem e profissionais de saúde que se exercitam possuem maior escore de percepção de bem-estar e QV, com maiores METs em AF vigorosa, moderada, caminhada e no geral total, e melhor percepção dos benefícios da EF . Mais da metade dos participantes afirmam que não tiveram o conteúdo sobre AF e EF durante os cursos de graduação ou em reuniões durante sua prática profissional, dos que tiveram cerca de um quarto afirmam que o conteúdo não foi suficiente. Ademais, os que se exercitam tendem a precisar de mais informações sobre EF na graduação ou na prática profissional para se sentirem confiantes para orientações. Assim, as instituições universitárias e hospitalares devem estimular estudantes e profissionais de saúde a se engajarem na prática da EF e fornecer conhecimentos efetivos para que eles e os pacientes possam usufruir desse importante recurso.



PALAVRA-CHAVE: Exercício físico,Qualidade de Vida,Ensino em Saúde




  Apresentação



ÁREA: Ginecologia e Obstetrícia

NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa

FINANCIAMENTO: CNPq




XXXII CoMAU - 2023

29, 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2023
FCM/Unicamp


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