Autores:
Ramon Araújo de Carvalho, Nelson Filice de Barros,
O isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19 produziu mal-estar psicológico, contudo as práticas meditativas, ferramentas benéficas e de baixo custo para o cuidado não-medicamentoso da saúde mental, foram importantes na produção de bem-estar psicológico no cenário desafiador. Neste artigo, objetivamos discutir os efeitos das práticas meditativas observados pelos praticantes de meditação no período de distanciamento físico devido à pandemia de COVID-19. O estudo tem abordagem qualitativa com utilização de entrevistas semiestruturadas para a coleta das informações. Recorremos à técnica de análise de conteúdo temática para o tratamento dos dados e utilizamos um questionário para caracterização sociodemográfica. Identificamos quatro principais categorias, ou efeitos das práticas meditativas na pandemia, quais sejam: Adaptação ao Contexto; Rotina de Autocuidado Autorreferido; Contemplação da Experiência Interna Sobre Si Mesmo e Sensação de Proximidade em Relação aos Outros. A meditação é uma potente modalidade das PICS que permitiu o manejo das emoções negativas e reduziu o sentimento de solidão durante o distanciamento físico. Aponta-se a necessidade de estudos que ampliem a compreensão dos seus efeitos em outras circunstâncias estressantes para os indivíduos e coletivos da sociedade brasileira.
PALAVRA-CHAVE: Saúde Mental; Meditação; Pesquisa Qualitativa; Pandemia de COVID-19
ÁREA: Saúde Mental e Psiquiatria
NÍVEL: Estudo original de natureza quantitativa ou qualitativa
FINANCIAMENTO: CNPq
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