Autores:
Bianca Letícia de França Silva
INTRODUÇÃO: A linguagem e a escrita são essenciais ao desenvolvimento do indivíduo. Devido à uma condição inata, o inadequado desenvolvimento desse processo pode ser evidenciado em situações de estresse. Nesse sentido, é possível correlacionar esta condição ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), caracterizado por ser um conjunto de diversos sintomas em intensidades diferentes do padrão. Com o isolamento social imposto pela Covid, o ensino passou a ser remoto e os serviços assistenciais foram interrompidos, prejudicando o aprendizado e desenvolvimento de crianças com TDAH.
OBJETIVOS: (i) Revisão sistemática acerca das crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade; (ii) entrevistar o cuidador e o estagiário da disciplina que esteja em atendimento de crianças com a patologia em questão; (iii) analisar e compreender sobre de que maneira a pandemia do Covid-19 afetou crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.
MÉTODOS: Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa, desenvolvida por meio de entrevistas com estagiários da Graduação em Fonoaudiologia que atendiam crianças com TDAH junto ao ambulatório da disciplina FN 637 - Prática em Linguagem Escrita e Motricidade Orofacial II. Seguindo modelo proposto por Turato (2005), os dados foram transcritos, foi realizado o levantamento dos eixos temáticos para o agrupamento dos conteúdos e em seguida realizada a análise do conteúdo, isto é, das idéias contidas na coleta de dados.
RESULTADOS: Participaram da pesquisa dois estagiários da graduação em fonoaudiologia. Os resultados são apresentados por meio dos seguintes eixos temáticos: Desempenho da linguagem da criança antes da pandemia: Antes da pandemia a criança conversava mais, interagia mais. Após a pandemia ficou presa ao celular. Uso da linguagem escrita / falada durante a pandemia: Ficou mais reclusa, não era tímida, mas durante a pandemia acabou ficando, por não ter tanto contato com amigos e família. 3. Suporte e orientações à família ou à escola: Orientações à escola e família, coordenadas com a terapia fonoaudiológica. 4. Prejuízos no uso da linguagem oral e escrita durante a pandemia: Os prejuízos foram muitos. Durante a pandemia não recebeu atendimento fonoaudiológico e a participação na escola de forma remota, resultou em dificuldades em acompanhar a turma, principalmente na leitura e escrita. 5. Expansão no uso da linguagem escrita e oral: Devido à oferta de abordagem terapêutica centrada no interesse, apresentou bastante progresso. 6. Tempo que ficou sob o ensino remoto: R: Mais ou menos pelo período de um ano e meio. 7. Queixas em relação ao modo de ensino remoto: Causava muitas dificuldades e atrapalhava o desempenho. 8. Desafios da terapia fonoaudiológica após isolamento social: Realizar atividades que mantivessem a atenção e concentração. 9. Prática fonoaudiológica para reduzir os prejuízos pandêmicos: Ofertadas orientações, diálogos sobre a importância das terapias e pausas para as crianças quando cansavam antes de dar continuidade às atividades propostas, para que o desempenho não fosse afetado.
CONCLUSÃO: De acordo com os relatos obtidos, conclui-se que houveram consequências e impactos negativos no desenvolvimento da linguagem de crianças com TDAH.
PALAVRA-CHAVE: Linguagem, Covid-19, TDAH, Fonoaudiologia |
ÁREA: Linguagem |
NÍVEL: Graduação |
FINANCIAMENTO: CNPq |
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