XXI SEMAFON - 2023


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RISCOS OCUPACIONAIS PARA O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA.

Autores: Letícia Aparecida Fernandes Faria, Ana Júlia Niro Nadin e Iára Bittante de Oliveira



RESUMO

INTRODUÇÃO: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) representa 5% das neoplasias, que atingem o corpo humano, e sua maioria, é do tipo carcinoma espinocelular. São diversos os fatores que levam ao câncer de cabeça e pescoço ou a ele predispõe, dentre os principais encontram-se o tabagismo em 90% dos casos, seguido pelo etilismo. Outros fatores associados têm sido citados, como o papilomavírus humano (HPV) e exposição à radiação. No entanto, estudos mostram que atividades ocupacionais manuais, realizadas por pessoas de baixa classe ocupacional-social se correlacionam com o maior risco para o desenvolvimento do CCP.

OBJETIVOS: Realizar revisão de literatura voltada à identificação de riscos ocupacionais para o câncer de cabeça e pescoço.

MÉTODOS: Foram selecionados artigos a partir dos seguintes critérios de inclusão: artigos científicos publicados na íntegra, em inglês ou português, relacionados a riscos ocupacionais para câncer de cabeça e pescoço, constantes das bases de dados LILACS, PubMed - Medline e SciELO, em que se utilizaram descritores (DeCs) em português e inglês isolados e combinados: Neoplasias Bucais, Neoplasias De Cabeça E Pescoço, Neoplasias De Laringe, Neoplasias Orofaríngeas, Riscos Ocupacionais, Mouth Neoplasms, Head and Neck Neoplasms, Laryngeal Neoplasms, Oropharyngeal Neoplasms e Occupational Risks. Inicialmente foram identificados 432 estudos e, após o atendimento aos critérios de inclusão, restaram 17 artigos, referentes ao período de 2013 a 2023.

RESULTADOS: Estudos revelaram como principais riscos ocupacionais para o câncer de cabeça e pescoço os produtos químicos e pigmentos inorgânicos, como em tintas e ácidos fortes (apontado em 36% dos estudos), em que o contato ocorre através das vias aéreas, durante o processo de volatilização de solventes; a exposição à radiação solar (32%), exposição excessiva ao sol, como no caso dos trabalhadores rurais; os agrotóxicos, pesticidas e inseticidas, herbicidas utilizados por agricultores, que podem ter contato com a pele e/ou ser inalados (8%). Foi verificado ainda que minerais facilmente separados em fibras, os quais estão presentes em materiais de construção, mineração, instalação e manutenção térmica, indicam risco de câncer (8%), assim como poeira têxtil e de fibras sintéticas (4%) encontradas na abertura de fardos de algodão, na preparação e na fiação que, ao serem inalados, afetam as vias respiratórias; exposição à radiação ionizante (4%), encontrada em campos eletromagnéticos, na medicina nuclear e radioterapias; a exposição ao pó de madeira, gerada quando a madeira é processada, cortada, serrada ou moldada por máquinas e/ou ferramentas foi apontada por 4% e, finalmente, a exposição a componentes insolúveis, gerados durante a manipulação do níquel (4%), metal razoavelmente duro e maleável, utilizado principalmente na fabricação de aço inoxidável.

CONCLUSÃO: A exposição ocupacional às substâncias carcinogênicas, físicas e químicas em ambientes de trabalho, aumentam as chances para o surgimento de neoplasias em cabeça e pescoço. A identificação dos principais fatores de risco e adoção de medidas de prevenção e proteção são estratégias necessárias para diminuição do número de casos de neoplasias, em região de cabeça e pescoço.

PALAVRA-CHAVE: Neoplasias; Laringe; Riscos Ocupacionais;
ÁREA: Saúde Coletiva
NÍVEL: Graduação



XXI Semafon - 2023


18 à 22 de Setembro de 2023


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