XX SEMAFON - 2022


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CANTORES LÍRICOS: A RELAÇÃO ENTRE VOZ E O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO

Autores: Rafaela Lombas de Resende



RESUMO

INTRODUÇÃO: Introdução: Alterações posturais e/ou de tonicidade nos músculos do Sistema Estomatognático (SE) podem interferir na realização das funções da articulação (fala) e da fonação, inclusive no canto. Segundo estudos, no canto, a funcionalidade e mobilidade de órgãos fonoarticulatórios auxilia na técnica vocal, na execução de um registro vocal específico e no equilíbrio da ressonância. Na voz cantada há escassez de estudos que investigam especificamente SE e voz de cantores líricos.

OBJETIVOS: Objetivos: Investigar a relação entre voz e aspectos do SE em cantores líricos.

MÉTODOS: Métodos: Estudo observacional, transversal, quantitativo e descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Unicamp sob CAAE 31660320.5.0000.5404 e parecer de número 4.214.760/2020 . Os protocolos Índice de Desvantagem Vocal Reduzido – 10 (IDV-10) e Índice de Desvantagem Vocal no Canto Clássico (IDCC) Foram aplicados para avaliar autopercepção de desvantagem vocal. Amostras vocais (frases do CAPE-V, contagem de números) foram gravadas para julgamento perceptivo auditivo feito por dois juízes especialistas em voz; o juiz mais confiável foi utilizado. Funções do SE (respiração, mastigação e articulação) foram avaliadas pelo Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial (MBGR). Análise estatística inferencial (teste de Mann-Whitney e teste exato de Fisher) realizada considerou p-valor=0,05.

RESULTADOS: Resultados: 15 cantores compuseram a amostra (idade média 31,33 anos), média de tempo de profissão e de estudo de 9 anos; 4 (26.67%) autorreferiram queixa vocal. No IDCC (média 14,20±12,54) a média geral dos escores foi maior do que no IDV-10 (média 3,20±3,73) e os cantores apresentaram maior desvantagem vocal nas subescalas defeito (6,2) e incapacidade (5), sendo que apenas a média da subescala defeito ultrapassou a nota de corte. O Grau geral do CAPE-V foi de 16,44, indicando variabilidade normal da qualidade da voz. Mais tempo de profissão (p=0,0240) e de estudo (p=0,0123) foram relacionados à respiração nasal, enquanto menor tempo de ambos foi relacionado à respiração oronasal; presença de dor à palpação do músculo esternocleidomastóideo foi relacionada ao menor tempo de profissão (p=0,0229) e de estudo (p= 0,1188).

CONCLUSÃO: Conclusão: Tempo de estudo e de profissão foram relacionados à dor no músculo esternocleidomastóideo e modo respiratório nasal ou oronasal. Os cantores não apresentaram alteração do grau geral da qualidade vocal e na autopercepção da voz, apesar de o IDCC apresentar valores elevados.



PALAVRA-CHAVE: Voz; Sistema Estomatognático; Canto; Fonoaudiologia.



ÁREA: Voz

NÍVEL: Pós-graduação

FINANCIAMENTO: Capes




XXI Semafon - 2023


18 à 22 de Setembro de 2023


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