XX SEMAFON - 2022


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PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E QUEIXAS FONOAUDIOLÓGICAS: PANORAMA ATRAVÉS DO OLHAR E PERCEPÇÕES DO IDOSOS

Autores: Giovana de Lucas Ferreira



RESUMO

INTRODUÇÃO: Atualmente no Brasil, registra-se um aumento do envelhecimento da população, como consequência da diminuição da natalidade e aumento da expectativa de vida no país. Com isso, assegurar os direitos dos idosos se tornou necessário. Por isso, existe a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, na qual é citada a necessidade de realizar promoção de saúde e prevenção de agravos com essa população. Na área da fonoaudiologia, os estudos nessa temática ainda são escassos e há pouco foco na promoção de saúde e prevenção de agravos da terceira idade, sendo o olhar apenas voltado a essa população quando já há alguma patologia instalada.

OBJETIVOS: Analisar a perspectiva do envelhecimento e queixas fonoaudiológicas sob a ótica do usuário do sistema único de saúde (SUS) com 60 anos de idade ou mais, buscando qualificar e aprimorar o atendimento em saúde prestado.

MÉTODOS: O projeto foi submetido e aprovado no CETS e CEP, CAAE: 53953321.5.0000.5404. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com usuários de Unidade de Saúde do Distrito Norte de Campinas – SP. A amostragem foi realizada através de conveniência e foram realizadas cinco entrevistas. Tais entrevistas foram transcritas e analisadas a partir da ótica de análise do discurso.

RESULTADOS: Dos cinco idosos, três são homens e duas são mulheres, com média de idade de 70,4 anos. 60% dos indivíduos se declararam aposentados, 20% declararam estar desempregados e 20% como ativos no mercado de trabalho. Quando questionados sobre como estava sendo envelhecer e o que havia mudado com isso, 60% deles citaram dores no corpo que apareceram após se tornarem idosos e 40% citaram a dificuldade relacionada ao mercado de trabalho. A grande maioria (80%) relatou ter alterações na memória, como dificuldade de recordar-se de nomes e de lugares, onde determinados objetos foram guardados. Com relação à comunicação, 60% referiram que perceberam alteração da voz, quando comparado a quando eram mais jovens, e em 40% dos participantes foram referidas alterações para deglutir. Sobre a qualidade de vida, 60% afirmaram não realizar exercícios físicos e 40% afirmaram não ter atividade de lazer.

CONCLUSÃO: Há uma consciência dentre os entrevistados sobre o declínio funcional dentro do envelhecimento, porém não se tem a percepção de que envelhecer não está associado a patologias. A falta de exercícios físicos e de atividades de lazer reforça que o próprio cuidado do sujeito não é priorizado. A promoção de saúde e prevenção de agravos é de extrema importância para que se entenda sobre o processo de envelhecimento saudável, difundindo o entendimento desse processo para os sujeitos e suas famílias, bem como as expectativas relacionadas ao declínio funcional e às patologias associadas. Dessa forma, a corresponsabilização sobre a saúde do sujeito idoso, tanto do serviço de saúde quanto da esfera social na qual tal sujeito está inserido, se dá de maneira mais clara e eficaz.



PALAVRA-CHAVE: Idoso, promoção de saúde, envelhecimento



ÁREA: Saúde Coletiva

NÍVEL: Pós-graduação




XXI Semafon - 2023


18 à 22 de Setembro de 2023


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