Autores:
Paula Elias Ortolan, Rodrigo Almeida Bastos, Maria Paula Perroca Lippi, Diama Vale, Maite Borges, Lucas Serra Valladão, Egberto Ribeiro Turato
RESUMO
INTRODUÇÃO: Adolescentes grávidas em consultas de pré-natal conversam sobre relacionamentos afetivos com a equipe clínica na atenção pública primária? Condições de vulnerabilidade de adolescentes são reconhecidas pela política e literatura em países emergentes, sobretudo em áreas carentes. Relações amorosas/sexualidade de adolescentes grávidas necessitam de discussões sobre suas dimensões simbólicas com acesso a serviços de atenção primária à saúde.
OBJETIVOS: Interpretar significados emocionais atribuídos por adolescentes grávidas sobre relações amorosa/sexualidade quanto à possível experiência de conversar e receber orientações da equipe clínica.
MÉTODOS: Desenho clínico-qualitativo, uso de Entrevistas Semidirigidas de Questões Abertas em Profundidade, relatos tratados por Análise de Conteúdo Clínico-Qualitativa do material transcrito. Amostra intencional, sequencial de adolescentes em acompanhamento em duas Unidades Básicas de Saúde de cidade metropolitana paulista, idade entre 15 e 19 anos, fechada pelo critério de saturação de informações.
RESULTADOS: A este trabalho trouxemos três categorias emergentes: 1) figura materna referida como eixo de orientações sobre sexualidade; 2) gravidez na adolescência como novo status social e afetivo não surge na pauta da consulta de pré-natal; 3) ressignificação do relacionamento com companheiro amoroso ao assumir efetivamente e simbolicamente a gravidez.
CONCLUSÃO: Profissionais a que a adolescente acessa em consulta clínica não são percebidos como figuras transferenciais para conversa sobre relacionamento amoroso e sexualidade. É preciso rediscutir sobre as funções esperadas e/ou desejadas para o médico que atende.
BIBLIOGRAFIA: Turato ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. 6a ed. Petrópolis: Ed Vozes; 2013.
PALAVRA-CHAVE: : Método Clínico-Qualitativo, adolescentes grávidas, relacionamentos amorosos