As novas tecnologias aplicadas a cirurgias minimamente invasivas provocou mudança no acesso cirúrgico a diferentes órgãos.  Com o objetivo de estudar novas vias de acesso cirúrgico, a Disciplina de Urologia e o Departamento de Anatomia desenvolveram metodologia para o ensino e treinamento dos novos procedimentos invasivos.

Por isso, no mês de julho, aconteceu o Curso de Anatomia Aplicada em Cirurgia. O curso foi oferecido para alunos de graduação, residência médica e pós-graduação. Durante o curso, os alunos tiveram o treinamento de diversas técnicas como o uso de slings para tratamento da incontinência urinária em mulheres e homens, implante de esfíncter artificial em homens e correção de prolapso vaginal.

"Com o avanço tecnológico da Medicina, médicos formados há mais de 10 ou 20 anos se atualizam em congressos e jornadas. Para o aprendizado de novas técnicas é necessário treinamento, e a Universidade é o meio para essa atualização”, explica o urologista Carlos D’Ancona.

Ainda segundo o professor da disciplina de urologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o desenvolvimento de simuladores deu um grande impulso no treinamento de diversas cirurgias, mas para se aproximar das condições reais, o treinamento em cadáver ainda é muito importante.  “As novas técnicas de preparo de cadáveres ‘fresh frozen’ possibilitou a dissecção a treinamento de procedimentos cirúrgicos com grande aprendizado”, disse.

O curso teve a participação de muitos alunos e residentes da Unicamp e contou, também, com profissionais de outros Estados e de quatro estrangeiros vindos do Perú e da Argentina. Os idealizadores do curso foram os professores Carlos D’Ancona e Wagner Favaro e com a colaboração dos professores Paulo Palma, Cassio Riccetto e Daniel Moser.