Colaboração: Andréa Fernandes Eloy da Costa França

A disciplina de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp teve programação especial no Janeiro Roxo, campanha dedicada à conscientização e ao combate ao estigma da hanseníase. As atividades incluíram, no Hospital de Clínicas (HC), rodas de conversa no ambulatório de dermatologia, palestras para a equipe de saúde, aulas ministradas pela enfermagem aos pacientes e distribuição de materiais informativos. A iniciativa teve apoio do Departamento de Enfermagem do HC e do programa de extensão Meses Coloridos.

Os alunos do quinto ano do curso de Medicina da FCM estiveram no antigo Asilo Colônia Pirapitingui, atual Hospital de Reabilitação Francisco Ribeiro Arantes, em Itu. A visita proporcionou um resgate histórico sobre o tratamento da hanseníase no Brasil, permitindo que os estudantes conhecessem a estrutura dos antigos leprosários e ouvissem relatos de ex-moradores, que tiveram suas vidas impactadas pelo isolamento compulsório da doença até o final da década de 1960.

Para docente da disciplina de Dermatologia, Andréa Eloy, a divulgação de informações é essencial no combate ao preconceito: “A principal forma de combater o estigma à hanseníase é conhecer a doença, informar à população e aos profissionais de saúde sobre sua alta prevalência e estimular o diagnóstico precoce”. A programação incluiu, ainda, a exibição de vídeos e documentários sobre o tema nas salas de aula da FCM, ampliando a discussão sobre a hanseníase entre estudantes e profissionais da saúde.