A 44ª turma do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp descerrou na manhã desta quinta-feira (27), no saguão do Espaço das Artes da faculdade, o quadro de formandos de 2011.  No total, são 105 novos médicos da Unicamp formados para o mercado de trabalho. O descerramento do quadro foi feito pelo paraninfo da turma, Tiago Grangela, médico da Unidade de Emergência do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e pelo patrono da turma, o médico-cirurgião Ivan Contrera Toro.

Segundo o paraninfo da turma, uma das características dos formandos é o bom-humor em enfrentar situações difíceis no Pronto-Socorro que exigiu muito empenho, dedicação e responsabilidade. “Mesmo naquele ambiente difícil, conseguimos nos divertir para vencer as dificuldades do dia-a-dia. Cheguem em casa com a sensação de dever cumprido e se tornem, cada vez mais, médicos melhores”, disse Grangela, emocionado.

O professor Ivan Toro disse que aprende muito com os alunos, principalmente como sentir o paciente. “Parece um chavão meio velho, mas a gente se energiza com vocês. Este dia está na minha história particular como um momento muito importante”, disse Toro.

Após o descerramento do quadro de fotos, os alunos descerraram também, no memorial da FCM, a placa em bronze com o nome de todos os formandos.

Já é uma tradição na FCM a realização, no último dia, da aula da saudade. O convidado para dar a última aula para os alunos da 44ª turma foi o professor Rogério Antunes Pereira Filho, aluno da primeira turma do curso de medicina.

Rogerião, como é conhecido o professor do Departamento de Clínica Médica, é um dos baluartes da faculdade. Ele contou como começou o curso de medicina e fatos de sua vida pessoal. Hilário, não deixou de dar conselhos aos “novos colegas de profissão”.

“Médico fica doente como qualquer pessoa. Trabalhem com dedicação, cuidem da saúde, aproveitem a vida, não percam os amigos e tenham orgulho do conhecimento que adquiriram nesta faculdade”, aconselhou Rogério.

O curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp é o mais antigo da Universidade. A aula inicial do curso de medicina aconteceu em 20 de maio de 1963, na antiga Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Oferece, atualmente, 110 vagas por ano e tem a duração de seis anos, em período integral com currículo modular integrado. É um dos cursos mais concorridos do vestibular da Unicamp.

Seus programas de assistência médica, ensino e pesquisa se desenvolvem em um complexo docente-assistêncial que inclui o Hospital de Clínicas (HC), o Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism), o Hemocentro, o Gastrocentro, o Hospital Estadual de Sumaré (HES) e vários Centros de Saúde da rede pública do Município de Campinas.

O objetivo do curso é formar médicos com formação geral, valores éticos e humanistas, com acesso à alta tecnologia, mas também voltados à realidade da saúde no Brasil.

Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/UNICAMP
Fotos: Mário Moreira - CADCC-FCM/UNICAMP