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Um estudo de uma doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi premiado no 70º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, realizado de 15 a 19 de setembro no Rio de Janeiro. O resultado é fruto do trabalho de Doutorado da aluna Karine Mariane Steigleder, orientada pela professora Raquel Franco Leal. Participa também do estudo a professora Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono (FCM), que esteve no Congresso, além de outros professores e alunos de pós-graduação colaboradores.
O trabalho “Modelos matemáticos e novos biomarcadores de recidiva no pós-operatório de pacientes com Doença de Crohn – Estudo transcricional do tecido adiposo mesenterial” recebeu dois certificados pelo terceiro lugar em melhor tema livre, um pelo Comitê Científico do Congresso e outro pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Assinam também a pesquisa: Lívia Bitencourt Pascoal, Laís Angélica de Paula Simino, Natália Souza Nunes Siqueira, Aníbal Tavares de Azevedo, Adriana Souza Torsoni.
A doença de Crohn não possui cura, e mesmo com os avanços nos tratamentos, muitos dos pacientes necessitam de intervenção cirúrgica. Neste contexto, o estudo buscou identificar biomarcadores para avaliar o risco de reincidência da doença no período pós-operatório. Para isso, foram validadas as expressões de 2 microRNAs e 6 genes alvos diferencialmente expressos no tecido adiposo mesenterial na doença de Crohn. Essa avaliação genética, juntamente com variáveis clínicas, possibilitou chegar a dois modelos matemáticos com elevado potencial e assertividade para predizer o tempo de recidiva da doença em pacientes submetidos à ressecção cirúrgica. Essa descoberta, inclusive, foi integrada ao portfólio da Agência De Inovação da Unicamp.
“Nosso objetivo futuro é que esses dois modelos matemáticos possam ser usados como uma ferramenta em potencial, otimizando, principalmente, as condutas para os pacientes com alto risco de recidiva precoce e estimando o tempo em que os mesmos irão recidivar, podendo melhorar assim o manejo clínico pós-operatório”, afirmam Karine Steigleder e a docente Raquel Leal.