Trabalho da FCM sobre interpretação médica do testamento vital de pacientes com câncer é premiado em congresso
Publicado por: Camila Delmondes
17 de outubro de 2022

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Obteve a primeira colocação na categoria de apresentação de pôster do II Congresso Luso-Brasileiro de Psico-Oncologia, o trabalho da psicóloga Jéssica Leon Rodrigues, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Assistência ao Paciente Oncológico e membro do Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa (LCQR) do Departamento de Psiquiatria, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Intitulado “Representações simbólicas de oncologistas sobre a elaboração de seu testamento vital: Estudo qualitativo em ambulatório universitário especializado”, a pesquisa foi orientada pelo professor do Departamento de Psiquiatria Egberto Turato, e teve como objeto de investigação o testamento vital, documento em que o paciente manifesta sua vontade em relação aos procedimentos médicos aos quais gostaria de ser submetido numa situação em que esteja incapacitado de tomar suas próprias decisões.

“Definir os próprios cuidados para final de vida implica em pensamentos sobre a própria finitude. As representações sobre a morte e o morrer têm sentidos divergentes diante da experiência alheia e da experiência pessoal. As angústias que envolvem essa reflexão são inerentes ao ser humano, mesmo entre profissionais que lidam com sofrimento e processos de morte”, afirma Jéssica.

Foram realizadas e transcritas na íntegra oito entrevistas de questões abertas em profundidade, e aplicadas técnicas de análise de conteúdo clínico-qualitativa. Por fim, houve a validação dos achados pelos pares no Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa da Unicamp.

De oito relatos, emergiram três categorias de resultados: 1) Imaginária relação causal entre TV e aproximação da morte; 2) Mecanismo de intelectualização como defesa psíquica ‘sofisticada’ de profissionais; 3) Receio do médico à perda da autonomia em face do sempre desconhecido.

Como conclusão de cada um deles, Jéssica aponta que os entrevistados apresentaram o chamado ‘pensamento mágico-arcaico’, fantasiando que decidir sobre diretivas antecipadas de vontade antecipariam o dia da própria morte. E também intelectualizaram suas angústias num processo de defesa natural, esquivando discursar sobre fim de vida. “Incertezas na operacionalização de suas diretivas antecipadas implicam em movimentos intersubjetivos”, comentou a pesquisadora.

O estudo vem sendo realizado em conjunto com pesquisadores do LCQR: Carmen Silvia Passos Lima (que concebeu o tema); Adriana Consuelo de Oliveira Bispo; Claudiane Graças dos Santos; Sarah Adriely da Silva; Milena Rossi Suedt; Felipe Santos da Silva; Paula Elias Ortolan; e Maria Eufrásia de Faria. Uma versão em inglês do resumo do trabalho foi publicada na revista European Psychiatry, em suplemento especial de 2022, além de ter sido apresentada no 30th European Congress of Psychiatry, ocorrido este ano em Budapeste.

O II Congresso Luso-Brasileiro de Psico-Oncologia (on-line) é um evento que objetiva o intercâmbio de conhecimento entre os profissionais do Brasil e Portugal, mostrando aspectos atuais na atenção integral à saúde mental do paciente oncológico. O tema deste ano foi “Integrações e cuidados”, visando abarcar o cuidado integral oncológico, focado na saúde emocional como um todo: do paciente, de sua família e da equipe de cuidados. Além disso, é um espaço de divulgação científica e de experiência clínica dos participantes, oferecendo a oportunidade do amplo conhecimento de diferentes áreas de atuação na psico-oncologia de ambos os países.

Obteve a primeira colocação na categoria de apresentação de pôster do II Congresso Luso-Brasileiro de Psico-Oncologia, o trabalho da psicóloga Jéssica Leon Rodrigues, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Assistência ao Paciente Oncológico e membro do Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa (LCQR) do Departamento de Psiquiatria, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Intitulado “Representações simbólicas de oncologistas sobre a elaboração de seu testamento vital: Estudo qualitativo em ambulatório universitário especializado”, a pesquisa foi orientada pelo professor do Departamento de Psiquiatria Egberto Turato, e teve como objeto de investigação o testamento vital, documento em que o paciente manifesta sua vontade em relação aos procedimentos médicos aos quais gostaria de ser submetido numa situação em que esteja incapacitado de tomar suas próprias decisões.

“Definir os próprios cuidados para final de vida implica em pensamentos sobre a própria finitude. As representações sobre a morte e o morrer têm sentidos divergentes diante da experiência alheia e da experiência pessoal. As angústias que envolvem essa reflexão são inerentes ao ser humano, mesmo entre profissionais que lidam com sofrimento e processos de morte”, afirma Jéssica.

Foram realizadas e transcritas na íntegra oito entrevistas de questões abertas em profundidade, e aplicadas técnicas de análise de conteúdo clínico-qualitativa. Por fim, houve a validação dos achados pelos pares no Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa da Unicamp.

De oito relatos, emergiram três categorias de resultados: 1) Imaginária relação causal entre TV e aproximação da morte; 2) Mecanismo de intelectualização como defesa psíquica ‘sofisticada’ de profissionais; 3) Receio do médico à perda da autonomia em face do sempre desconhecido.

Como conclusão de cada um deles, Jéssica aponta que os entrevistados apresentaram o chamado ‘pensamento mágico-arcaico’, fantasiando que decidir sobre diretivas antecipadas de vontade antecipariam o dia da própria morte. E também intelectualizaram suas angústias num processo de defesa natural, esquivando discursar sobre fim de vida. “Incertezas na operacionalização de suas diretivas antecipadas implicam em movimentos intersubjetivos”, comentou a pesquisadora.

O estudo vem sendo realizado em conjunto com pesquisadores do LCQR: Carmen Silvia Passos Lima (que concebeu o tema); Adriana Consuelo de Oliveira Bispo; Claudiane Graças dos Santos; Sarah Adriely da Silva; Milena Rossi Suedt; Felipe Santos da Silva; Paula Elias Ortolan; e Maria Eufrásia de Faria. Uma versão em inglês do resumo do trabalho foi publicada na revista European Psychiatry, em suplemento especial de 2022, além de ter sido apresentada no 30th European Congress of Psychiatry, ocorrido este ano em Budapeste.

O II Congresso Luso-Brasileiro de Psico-Oncologia (on-line) é um evento que objetiva o intercâmbio de conhecimento entre os profissionais do Brasil e Portugal, mostrando aspectos atuais na atenção integral à saúde mental do paciente oncológico. O tema deste ano foi “Integrações e cuidados”, visando abarcar o cuidado integral oncológico, focado na saúde emocional como um todo: do paciente, de sua família e da equipe de cuidados. Além disso, é um espaço de divulgação científica e de experiência clínica dos participantes, oferecendo a oportunidade do amplo conhecimento de diferentes áreas de atuação na psico-oncologia de ambos os países.



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Acesso:
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