Ainda na ocasião das comemorações do Maio Roxo, em alusão ao Dia Mundial de conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, celebrado no último dia 19, o Laboratório de Doenças Inflamatórias Intestinais (LABDII) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) realizou – com o apoio da Associação do Leste Mineiro de Doenças Intestinais (ALEMDII) – uma programação especial no Gastrocentro da Unicamp, que além de palestra com autoridades convidadas do Brasil e do exterior, contou com a visita do pró-reitor de Pesquisa da universidade, João Marcos Travassos Romano, às instalações laboratoriais.

Organizado pela docente do Departamento de Cirurgia da FCM e coordenadora do LABDII, Raquel Franco Leal, o evento foi acompanhado, também, pelo coordenador do Gastrocentro da Unicamp, Ciro Garcia Montes; pelo coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Cirurgia da FCM, Alberto Cliquet Júnior; e pela professora e professor colaborador do Departamento de Cirurgia da FCM, Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono e João José Fagundes.

Ao falar sobre o Maio Roxo, Raquel Leal lembrou que a data é uma forma de chamar à atenção da sociedade para a DII de maneira mais ampla. “As doenças inflamatórias intestinais mais conhecidas como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa podem apresentar diversas manifestações clínicas, com características bastante peculiares, podendo acometer diferentes partes do trato gastrointestinal, e por isso traz muitos desafios de tratamento e prognóstico”, comentou.

Também do ponto de vista científico, Raquel Leal disse que os estudos relacionados à DII ainda apresentam algumas lacunas a serem preenchidas. “O LABDII vem de encontro a essas lacunas, objetivando esclarecer aquilo que já existe na literatura e o que ainda precisa ser entendido sobre as doenças inflamatórias intestinais. É um laboratório voltado à pesquisa translacional, que busca responder questões da prática clínica diária a partir da pesquisa de bancada”, disse.

Durante a sua fala, a docente da FCM falou, também, sobre a importância do Gastrocentro da Unicamp no contexto das doenças inflamatórias intestinais e doenças digestivas em geral. “Além de ser referência nacional no diagnóstico e tratamento de moléstias do aparelho digestivo, o Gastrocentro é um centro formador de recursos humanos, cujas pesquisas envolvem alunos de graduação e pós-graduação”, destacou.

Docente e coordenadora do grupo de DII do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer da Universidade de Barcelona, a pesquisadora Azucena Salas – que mantém convênio de parceria em pesquisa com o LABDII já há alguns anos – participou das comemorações do Maio Roxo por videoconferência. O pesquisador Patrick Varga-Weisz da Universidade de Essex, Reino Unido, que participou presencialmente do evento, comentou sobre a importância das pesquisas realizadas em parceria com o LABDII por meio do projeto São Paulo Excellence Chair (SPEC) FAPESP que coordena. O momento virtual também foi compartilhado pela presidente e pela coordenadora de comunicação da ALEMDII, Julia Assis e Alessandra de Souza, instituição com a qual o LABDII possui convênio de incentivo à pesquisa.

“Estou extremamente impressionado com a pujança e dinamismo do LABDII e com o entusiasmo da professora Raquel Leal, cujo brilho transborda em seu olhar ao falar sobre o trabalho desenvolvido por ela e toda a sua equipe. Um laboratório de sucesso como o LABDII é resultado do bom trabalho em equipe, que vai do entusiasmo dos pesquisadores que o comandam até cooperações internacionais a exemplo desta desenvolvida pelo LABDII com a Universidade de Barcelona. Percebo pela expressão dos alunos que aqui estão, que eles gostam do que estão fazendo e, ainda melhor, gostam de onde estão fazendo”, disse o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, João Marcos Travassos Romano, admirado.