A pesquisa multidisciplinar “A prática regular de esporte está associada à atenuação de alterações vasculares e cardíacas em indivíduos com lesão crônica da medula espinhal” realizada por pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp recebeu o primeiro lugar da categoria Esporte e Saúde, do Prêmio Saúde da Editora Abril, na última quinta-feira (28). A categoria reuniu pesquisas, ações e campanhas que incentivaram o estilo de vida ativa, e que contribuíram para derrubar as taxas de sedentarismo no Brasil, valorizando o esporte amador.

O estudo evidenciou os benefícios da prática esportiva em indivíduos cadeirantes, com lesão na medula espinhal e foi conduzido pelos pesquisadores José Irineu Gorla, Alberto Cliquet Junior, José Roberto Matos-Souza, Guilherme de Rossi, Roberto Schreiber, Layde Rosane Paim, Anselmo de Athayde Costa e Silva, Luis Felipe Castelli Correia de Campos, Eliza Azevedo, Karina Alonso e Wilson Nadruz Junior.

Eles avaliaram três grupos de indivíduos: um composto por 28 pessoas sem problema físico algum; 26 jovens com lesão que jogavam basquete, rúgbi, tênis ou handebol adaptados há pelo menos um ano e 32 sujeitos sedentários com o mesmo tipo de comprometimento na medula. Por meio de exames como a medida da glicemia e da pressão arterial, bem como ecocardiografia e ultrassom da carótida (a artéria que fica no pescoço e leva sangue para o cérebro), demonstraram que exercícios regulares minimizam  o desenvolvimento de arteroesclerose e  melhoram a função cardíaca.

A premiação também foi compartilhada com os pesquisadores da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex), da Universidade Gama Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade de Stanford, responsáveis pelo trabalho “O teste do sentar e levantar”.

Sobre o Prêmio Saúde

De caráter exclusivamente cultural, o Prêmio Saúde é promovido pela revista Saúde é Vital da Editora Abril e tem por objetivo valorizar, incentivar e divulgar campanhas de prevenção e educação, trabalhos clínicos ou da área cirúrgica e outras ações que tenham contribuído para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros. Participam com trabalhos diversos profissionais de saúde, entre os quais, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, biólogos, biomédicos e cirurgiões-dentistas, vinculados a instituições públicas, privadas ou a organizações não governamentais.