Morte por arma de fogo e branca tem queda nos últimos dez anos, aponta pesquisa
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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O trauma penetrante é, atualmente, a principal causa de trauma cardíaco. Os ferimentos são causados por arma de fogo ou branca. O médico Bruno Monteiro Tavares apresentou na manhã de quinta-feira (2) os dados de sua pesquisa em que comparou as variáveis entre 93 pacientes com trauma penetrante atendidos nos últimos 20 anos em um hospital universitário.

A apresentação – em inglês – foi acompanhada pelo médico Sandro Rizoli, diretamente de Toronto, Canadá, e pelo médico indiano Rao Ivatury que participa do programa Programa Professor Especialista Visitante (PPEV). A transmissão aconteceu da sala de videoconferência do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

Com a apresentação da pesquisa, Bruno recebeu o título de doutorado pelo programa de pós-graduação em Cirurgia da FCM. O orientador foi o professor Gustavo Pereira Fraga. A aula foi assistida por parentes, amigos e médicos-residentes do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

Bruno fez revisão de dados de registro de trauma, seguido por análise estatística descritiva comparando os períodos 1990 a 1999 e 2000 a 2009. Os pacientes foram divididos em dois grupos conforme o período de 10 anos. Foram registrados dados clínicos no momento da internação hospitalar, Escore de Severidade da Lesão (ISS), Escala de Coma de Glasgow (GCS), e do Escore de Trauma Revisado (RTS).

De acordo com dados da pesquisa, os dois grupos foram semelhantes quanto à idade, mecanismo de trauma – ferimento por arma de fogo ou branca – e ISS. Grupo 1 apresentou menor pressão arterial sistólica na admissão, menor GCS, RTS mais baixos, maior incidência de lesões cardíacas de graus IV e V e foram menos propensos a sobreviver. O principal fator de risco para o óbito foi ferimento por arma de fogo, lesões associadas às lesões de graus IV e V e pressão arterial sistólica.

“O risco de morrer por arma de fogo é 13 vezes maior que por arma branca. Na última década, houve uma redução de 20,3% para 10,3% de mortalidade por trauma cardíaco. Um dos fatores que contribuiu para isso foi a melhora no tratamento pré-hospitalar e a condição física do paciente”, disse Bruno.

A banca foi presidida por Gustavo Pereira Fraga (FCM/Unicamp) e composta pelos professores e membros titulares Pedro Paulo Martins de Oliveira (FCM/Unicamp),  Rao Ivatury (Virginia Commonhealth University), Sandro Rizoli (University of Toronto) e Desanka Dragosavac (FCM/Unicamp). Os membros suplentes foram Elaine Soraya Barbosa Oliveira Severino (FCM/Unicamp), Rossano Kepler Alvim Fiorelli (UNIRIO) e José Luís Braga de Aquino (PUCCAMP).



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