Medicina reflete sobre diretrizes curriculares que serão implantadas até 2018
Publicado por: Camila Delmondes
20 de junho de 2016

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Projeto “Aprender trabalhando e trabalhar ensinando” registra o dia a dia dos estudantes

A Comissão de Graduação do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp levou até o Conselho Interdepartamental – órgão que agrega todos os chefes de Departamentos da faculdade – a discussão sobre a adequação do currículo médico da FCM frente às novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Medicina aprovados em 2014 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e que devem ser implantadas até 2018.

O pedido para a inclusão do assunto na pauta da reunião do Conselho Interdepartamental partiu do Grupo de Trabalho (GT) do Internato Médico da FCM, coordenado pelo médico Gustavo Pereira Fraga, uma vez que as novas diretrizes impactarão em duas mudanças principais.

A primeira delas é a obrigatoriedade de que pelo menos 30% da carga horária do internato ocorra no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e em serviço de urgência e emergência. A segunda será a inclusão de uma avaliação nacional dos estudantes de medicina a cada dois anos, que será classificatória para os programas de residência médica.

“As diretrizes de 2014 apontam para um lugar comum. Independente do que aconteça politicamente, o que está nas diretrizes dificilmente vai ser questionado, porque atende a um movimento que é suprapartidário. Queremos um aluno com boa formação conceitual, ética, prática e humanista”, comentou Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho, coordenador do curso de graduação em Medicina da FCM.

De acordo com a obstetra e coordenadora da Comissão de Valorização Docente (CVD) da FCM, Eliana Amaral, currículo na área da saúde que hoje é considerado desejável, internacionalmente, é influenciado por teorias de aprendizado centradas no estudante, na prática profissional baseada em problemas reais a qualquer tempo, em projetos e valores sociais.

“As competências esperadas hoje do médico vão além de saber diagnosticar e tratar. Precisamos ter um currículo básico para todo mundo e também disciplinas eletivas. Avaliar estudante não tem método ideal. Precisamos praticar no dia a dia muito mais o feedback e a reflexão sobre o processo de aprendizagem”, recomentou Eliana.

Aprender trabalhando e trabalhar ensinando

A integração Ensino-Serviço é essencial para a formação médica e das peças importantes dentro do processo de aprendizagem. Essa integração acontece todos os dias do ano nas enfermarias e nos pronto-atendimentos, mas também se dá em outros cenários, como nos ambulatórios, nas Unidades Básicas de Saúde e até no domicílio de pacientes.

A Comissão de Graduação em Medicina convidou o fotógrafo Charbel Chaves para fazer o registro dos alunos em serviço ao longo do primeiro semestre de 2016. A proposta, de acordo com Paulo Velho, é documentar a própria história da FCM e mostrar, também, à Universidade e à sociedade uma parte essencial da atuação da FCM.

O projeto é constituído de 52 fotografias – duas delas serão escolhidas por concurso. As 50 fotos foram associadas a uma das diretrizes curriculares de 2014 para os cursos de Medicina. A divulgação é feita semanalmente para os por emails dos professores e alunos, e enviadas também para as UBS onde os alunos atuam. As fotos também são publicadas no Facebook da FCM. Um livro e uma exposição estão em fase de elaboração dentro das comemorações dos 50 anos da Unicamp.

“Queremos mostrar a beleza que envolve esta fase do aprendizado nas áreas em que todos os alunos frequentam. Pretendemos semear as diretrizes de forma homeopática e estabelecer maior comunicação com as UBS. É também uma forma de agradecimento a essa parceria que é fundamental para a formação dos alunos”, revelou Paulo Velho.



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