Marmitas voltam à moda e FCM oferece oficina sobre alimentação saudável
Publicado por: Camila Delmondes
27 de junho de 2019

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A boa e velha marmita está de volta aos locais de trabalho. Popularizada no Brasil pelos boias-frias, agora ela retorna como opção saudável e econômica entre todos os trabalhadores. De acordo com Lhaís de Paula Barbosa, nutricionista e pesquisadora do Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde (CCAS), os motivos que levam uma pessoa a optar em levar sua própria comida para o trabalho são variados, mas alguns motivos podem dar uma pista sobre o porquê das marmitas voltarem à moda: tempo, economia, controle de peso, entre outros.

Atenta a essa tendência entre os seus funcionários, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizou no mês de junho a oficina Promovendo a alimentação saudável: Marmiteiros, sim!  O evento foi pensado e elaborado pela jornalista Camila Delmondes e pela copeira Maria Aparecida Bezerra da Silva, a Cida, para pessoas que almoçam na FCM e trazem sua própria comida para a faculdade. “Marmita é tudo de bom”, sentenciou Cida, que acompanha a movimentação do Espaço Gourmet da FCM há alguns anos.

Criado em 2009, o Espaço Gourmet está instalado numa área externa do prédio-sede da faculdade e recebe quase 100 pessoas diariamente, entre alunos, funcionários e professores, principalmente no horário do almoço. O espaço conta com mesas, cadeiras, microondas, geladeira e pia para quem almoça na FCM.

Diego Augusto de Jesus Toledo costuma trazer marmita para almoçar na FCM. “Um dos motivos de trazer marmita é que realizamos jantar todos os dias em minha casa. Dessa forma, aproveito para montar a marmita do dia seguinte. Outro motivo importante é que posso escolher o cardápio da semana”, disse Diego que trabalha na área de Protocolo da FCM.

Juliana Luz Passos Argenton também trabalha na FCM e costuma trazer marmita algumas vezes no mês. “Trago quando quero controlar exatamente o que estou comendo, pois quando como em restaurante, mesmo que eu faça boas escolhas, não sei a quantidade de sal, óleo e temperos industrializados que foi usada. Eu só não trago todos os dias porque, geralmente, o Espaço Gourmet está muito cheio”, disse.

A oficina teve a duração de duas horas e foi divida em dois blocos: o primeiro bloco teve dicas sobre a utilização do Espaço Gourmet e dicas sobre descarte de alimentos e resíduos. As palestrantes do primeiro bloco foram Cida e Fernanda Longo Pereira, da Comissão de Gestão Ambiental da FCM. O segundo bloco foi sobre como montar uma marmita saudável, com a nutricionista Lhaís de Paula Barbosa.

“Não se pode usar nenhum tipo de papel ou embalagem que reflete luz ou calor dentro do microondas. Cada usuário deve limpar a pia após lavar a louça. A comida não pode ficar mais que uma semana na geladeira. Lembre-se que depois de você o outro vai usar o Espaço Gourmet”, recomendou Cida, enfática, durante sua apresentação.

Fernanda Longo Pereira disse que trazer comida gera resíduo, que pode ser reciclado. Dentro da própria Unicamp, disse, há mitos em torno do que pode e do que não pode ser reciclado. “Em torno de 70% do que jogamos fora poderia ser reciclado. Na Unicamp, isopor pode ser reciclado e copo plástico vazio e sem lavar também pode ser reciclado”, explicou Fernanda, dando outras dicas aos participantes.

Durante sua apresentação, Lhaís falou sobre quais alimentos são saudáveis, formas de armazenar e trazer a comida, como montar marmitas frias e quentes e deu outras dicas valiosas, além de compartilhar suas experiências como marmiteira convicta. “A montagem da marmita começa quando você vai ao supermercado fazer compras. Comida de verdade, estraga”, disse Lhais, explicando a diferença entre alimentos naturais, processados e ultraprocessados. Veja aqui 10 dicas de alimentação saudável.

Ainda segunda a nutricionista e pesquisadora da FCM que participou do ISACAmp Nutri, ao cozinhar a pessoa tem autonomia sobre o que vai comer. Você sabe, por exemplo, quanto de sal e açúcar você colocou na hora de preparar a refeição. “Cozinhar mexe com a emoção. A gente conta a história de uma família ou de um país por aquilo que colocamos no prato”, completou Lhaís, indicando sites e programas de culinária que ensinam o passo-a-passo da alimentação saudável.

"Para mim, as palestras foram de grande utilidade. Questões sobre como armazenar corretamente os alimentos, opções rápidas e práticas de refeições para levar na marmita, classificação dos tipos de alimentos contribuíram de forma que, agora, não penso mais aleatoriamente como antes no momento de planejar as refeições. Ter essa consciência de sempre buscar uma alimentação balanceada, fresca e saudável com certeza me levará a um nível melhor de qualidade de vida", confidenciou Jhony da Silva Esteves, funcionário da Comissão de Pesquisa da FCM após a oficina.

Todos  os oficineiros contaram com um kit marmita personalizado, uma cartilha com dicas sobre alimentação saudável, uma caneca de porcelana para reduzir o consumo de copos plásticos e uma muda de manjericão cultivada e doada, especialmente, pelo jornalista Roberto Costa, diretor de notícias e conteúdo da Assessoria de Imprensa da Unicamp, que participou da oficina. “Meu hobby é cultivar manjericões e entregá-los para as pessoas. Nunca fiz tantas mudas assim”, confidenciou Costa, que preparou mais de 100 mudas para o evento.

A Editora da Unicamp ofereceu exemplares dos livros Remédio da Vovó – Mitos e verdades da medicina caseira, O frango de Newton e Salada para todos! para sorteio entre os inscritos. A entrega dos exemplares foi feita por Samir Daher, representante da Editora da Unicamp, que também participou da oficina. “Achamos importante participar desse evento, uma vez que a FCM é uma parceira estratégica e sempre nos cede espaço para expor nossos livros”, disse Daher.

No final da oficina foi servido um café da tarde saudável para os todos que compareceram na atividade. A oficina foi realizada com recursos do edital do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp.

 
 


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