Aconteceu no auditório do Hospital da Mulher "Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti" (Caism) da Unicamp, nos dias 9 e 10 de maio, o Fórum Nacional de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. O encontro, que antecede a avaliação quadrienal 2013-2016 da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), teve como objetivo discutir os parâmetros dessa avaliação, proporcionar a troca de experiências entre os coordenadores dos diversos programas, e construir propostas para o futuro.

“Uma das nossas temáticas para o encontro desse ano foi pensar em como vamos nos organizar para sobreviver ao corte de recursos nas áreas de Ciência & Tecnologia e que afetará na sobrevivência dos programas e cortes de bolsas”, disse a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e anfitriã do evento, Maria Rita Donalísio Cordeiro.

No primeiro dia, o evento contou, pela manhã, com a mesa de abertura intitulada “A Abrasco e o contexto sociopolítico”, coordenada por Silvana Granado, e com a participação do presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner, e da coordenadora do Programa de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia.

No período da tarde, o coordenador e a coordenadora da Área de Saúde Coletiva da Capes, Guilherme Werneck e Maria Novaes, e Sérgio Rego, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), participaram da mesa “Processo de avaliação do quadriênio 2013-2016: Qualis Geral, Qualis Livros e Preparação da Quadrienal 2017-2020”, coordenada por Adauto Emmerich.

O segundo dia de Fórum contou com as palestras “Especificidades da avaliação do Mestrado Profissional e notícias sobre o Doutorado Profissional”, da coordenadora adjunta de Mestrado Profissional da Área de Saúde Coletiva da Capes, Eduarda Cesse; e “Relato de experiências da formação em Programas de Pós-graduação em Saúde Coletiva: experiências inovadoras”, com Mônica Angelim, professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A "Plenária Final", realizada na tarde do dia 10 de maio, trouxe as perspectivas e desafios da área de Saúde Coletiva para o próximo quadriênio, com cenários, estratégias e o papel do Fórum Nacional dos Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Ainda de acordo com Maria Rita, em cerca de 10 anos de realização, o Fórum Nacional de Coordenadores de Pós-graduação em Saúde Coletiva contribuiu para diversas conquistas da área junto a Capes. “A produção de livros e capítulos de livros não era valorizada nas avaliações. Essa é uma conquista nossa. Em conjunto, fizemos com que essa produção fosse avaliada e considerada na avaliação dos programas, considerando que a nossa produção cientifica é diferente de outras áreas”, disse.

O impacto social dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva foi outra necessidade apontada pelo Fórum de Coordenadores como um parâmetro a ser considerado nas avaliações quadrienais. “A inserção social era uma coisa pouco considerada, mas sabíamos que era preciso avaliar os programas pelas suas capacidades de formação, de mudança de políticas, de implantação de novas técnicas e rotinas. Tudo isso reflete uma luta e um posicionamento político importante da área de Saúde Coletiva na Capes e é fruto dessas discussões”, disse.