A Faculdade de Ciências Médicas (FMC) da Unicamp promoveu na sexta-feira (21) o workshop Biossegurança: Como estamos hoje? O evento aconteceu no auditório da faculdade e reuniu técnicos de laboratório, estudantes de pós-graduação, pesquisadores e diversos profissionais da área médica, assistencial e laboratorial da Unicamp.

De acordo com a bióloga e representante da comissão organizadora do evento, Amanda Roberta De Almeida, o objetivo do workshop é oferecer uma visão atual sobre as boas práticas de laboratório, organismos geneticamente modificados e gerenciamento de resíduos.

“Esses assuntos são rotina no dia a dia não só para laboratórios, mas também para sala de aula, enfermaria, clínica médica, entre outros locais de trabalho. Devemos nos preocupar com nosso trabalho e nossa saúde, com a saúde do colega, com os resultados que estamos encontrando e com o meio ambiente”, revelou Amanda, que também é presidente da Cipa Setorial da FCM.

Um dos palestrastes convidados foi professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Mário Hirata. De forma lúdica, Hirata iniciou sua palestra comparando as boas práticas de laboratórios (BPL) com a organização de uma cozinha.

“Imagina você cozinhando. Passa uma, duas, três pessoas e deixam panelas sujas sobre a pia ou fogão. Você vai levar uma hora para limpá-las! E no laboratório ou atendimento de enfermaria é igual. A organização é importantíssima. Senão, estaremos repetindo os problemas de boas práticas”, disse Hirata.

De acordo com Roger Frigério Castilho, membro da Comissão de Pesquisa da FCM, a faculdade conta hoje com quase 100 laboratórios de pesquisa onde circulam aproximadamente 500 pessoas, entre servidores, alunos de pós-graduação, iniciação científica e pós-doutorandos. O diretor da FCM, Ivan Felizardo Contrera Toro, disse que a faculdade trabalha com a formação de bons pesquisadores que trabalham com segurança individual e coletiva.

Para Herling Gregório Aguilar Alonzo, coordenador de Residência Médica do Departamento de Saúde Coletiva e coordenador da Comissão de Resíduos da FCM, a biossegurança é uma condição para a sustentabilidade, um dos desafios das Universidades no mundo todo. “Além do ensino, pesquisa e extensão, a sustentabilidade deve ser inserida como um quarto eixo dentro da Universidade”, comentou Herling.

A Pró-Reitora de Pesquisa da Unicamp, Glaucia Pastore, disse que criar um ambiente de segurança é fundamental para qualquer instituição séria e que isso não se faz da noite para o dia. Exige atitudes. “A Unicamp é pioneira em muitas ações e a FCM é riquíssima em pesquisas de ponta e seriedade de trabalho. Vamos fazer disso uma grande bandeira dentro das áreas científicas e formalizar um evento de biossegurança todo ano dentro da Universidade”, disse Pastore.

Os outros palestrantes do evento foram Rubens José do Nascimento, da Comissão Técnica Nacional Biossegurança, com a palestra “Organismos Geneticamente Modificados” e Regina Clélia da Costa Mesquita Micaroni e do Grupo Gestor Universidade Sustentável da Unicamp, com a palestra “Gerenciamento de Resíduos”.

O evento foi organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Setorial, Comissão de Gestão Ambiental da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e Comissão Interna de Biossegurança da FCM. Teve o apoio da Diretoria e da Comissão de Pesquisa da FCM, Escola de Educação Corporativa da Unicamp – EDUCORP, Grupo Gestor de Benefícios Sociais – GGBS/Unicamp, Assessoria de Relações Públicas e Imprensa/FCM, Diretoria Administrativa e Recursos Humanos da FCM/Unicamp.