FCM inicia discussão sobre revisão curricular do curso de Medicina com Seminário Internacional
Publicado por: Camila Delmondes
20 de julho de 2021

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A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp promoverá, de 10 a 13 de agosto de 2021, em plataforma on-line, o Seminário Internacional de Aprimoramento Curricular do Curso de Medicina.

Realizado pela Diretoria, Comissão de Ensino de Graduação (CEG), Núcleo de Avaliação, Pesquisa e Educação em Saúde (Napes) e Núcleo Docente Estruturante (NED), o evento visa discutir as conquistas e os avanços da formação médica, no Brasil e no mundo. As inscrições para o evento já estão abertas e acontecem até 6 de agosto.

Em entrevista ao site da FCM, a coordenadora do Napes, Eliana Martorano Amaral, explica que a partir de experiências nacionais e internacionais, a Comissão Organizadora do evento também tem a expectativa de poder oferecer subsídios ao aprimoramento do currículo do curso de Medicina da Unicamp, que deverá apresentar novidades em sua configuração, a partir de 2023.

FCM Unicamp - Qual o objetivo principal do Seminário Internacional de Aprimoramento Curricular do Curso de Medicina?

Eliana Amaral - Passados 21 anos da Reforma Curricular iniciada em 2000, que esteve alinhada com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) publicadas posteriormente, em 2004, é preciso rever os avanços e as mudanças ocorridas nas expectativas esperadas do profissional médico, as oportunidades formativas que a Unicamp pode oferecer e ajustar o currículo às DCN de 2014 e às novas demandas, como a incorporação de atividades de extensão.

FCM Unicamp - Quais as principais contribuições trazidas pelos convidados internacionais?

Eliana Amaral - Convidamos grandes e experientes nomes mundiais sobre currículo de cursos de Medicina e avaliação da qualidade de formação, que vão se integrar com a discussão de modelos curriculares vigentes ou sendo aprimorados em outros países, como Portugal e Canadá. 

FCM Unicamp - Por que a programação foi pensada da maneira como está? 

Eliana Amaral - Além dos convidados internacionais, teremos a oportunidade de saber como têm sido conduzidos os currículos em diversas faculdades de Medicina, no Brasil. Temas de atualidade como ensino pós-pandemia, o papel da simulação, segurança do paciente, profissionalismo, currículo centrado na aprendizagem vão se alinhar com o perfil profissional e nas competências que foram discutidas recentemente nos departamentos. 

Teremos sessões de "estado-da-arte" da formação médica, seguida pela discussão de outros currículos internacionais e nacionais, juntamente com uma revisão da nossa reforma curricular de 2000. Com estes elementos, vamos subsidiar as discussões em grupos, que serão fechadas para esta comunidade, com objetivo de definir princípios e direcionamentos para um currículo a ser proposto e aprovado na Congregação da FCM, no início de 2022, para ser implantado a partir de 2023. 

Esta programação intensa e de alta qualidade vai permitir, à comunidade composta por docentes, discentes e auxiliares de ensino da FCM, rever nossas experiências de sucesso, fortalecer o que tem funcionado e atende às Diretrizes Curriculares da Medicina de 2014 e propor novos caminhos, inclusive para atender a alguns aspectos que precisam ser adequados a esta normativa e outros que têm sido apontados em diferentes avaliações do curso.

FCM Unicamp - Que análise podemos fazer do currículo médico atual?

Eliana Amaral - Temos, na Unicamp, uma formação de qualidade, que se apoia em atividades intensas junto às comunidades e serviços de saúde de diferentes níveis de complexidade, em variados cenários clínicos. A supervisão docente contínua e qualificada, o pensamento crítico e inovador, agregam muito valor às médicas e médicos formados pela FCM Unicamp. São qualidades dos nossos médicos. Muitos indicadores diferentes mostram isso: Enade e o Teste de Progresso, os altos índices de aprovação nas provas de residência e desempenho dos nossos alunos onde vão trabalhar depois.

No entanto, é preciso ajustar nosso currículo às dificuldades percebidas por discentes e docentes, atender às DCN 2014 e adaptar nossas atividades à demanda de ter 10% da carga horária de cada estudante em atividades de extensão para a comunidade. Além disso, embora já tenhamos incorporado muitas inovações no currículo nos últimos anos, a pandemia nos mostrou a possibilidade de utilizar outros recursos digitais para melhorar nosso curso, com estratégias de aprendizagem variadas.

programa procura abranger estes pontos, gerar sugestões para o trabalho posterior de organizar a nova proposta curricular a ser aprovada nas instâncias devidas.



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