FCM apresenta proposta de novo programa de extensão para alunos
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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Adote-ME Tranfor-ME. A palavra pode ter saído de uma letra de música do movimento tropicalista, mas resume o projeto para estimular a participação de alunos de graduação, pós-graduação e residentes médicos da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp em programas de intervenção social. O projeto pressupõe a iniciativa dos alunos de uma forma multidisciplinar e de mão dupla, onde comunidade e estudantes troquem experiências e saberes.

A ideia foi apresentada pelo diretor da FCM, José Antonio Rocha Gontijo, na quarta-feira (18), num evento organizado pela Comissão de Extensão Universitária da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e pelo Centro Acadêmico Adolfo Lutz.

De acordo com Gontijo, desde a reforma curricular iniciada há quase dez anos, uma palavra sempre foi destacada: humanizar o ensino médico. Mesmo que o aluno vá para o centro de saúde, esse processo é mecânico e é imposto pelo currículo. A demanda deve partir do estudante. “Humanização, sem extensão, não existe. Não vamos mudar a comunidade. Quem vai aprender mais são os alunos”, disse o diretor.

 

O assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Lisandro Pavie Cardoso, elogiou a iniciativa e disse que para caracterizar um programa de extensão universitária é necessário que haja o professor, o aluno e a comunidade. Este ano, a Preac recebeu 74 projetos de extensão para análise e 33 foram aprovados. A partir de um edital elaborado em conjunto com os pró-reitores das universidades públicas paulistas, o Ministério da Cultura destinará uma verba de um milhão de reais para projetos de extensão. “Os alunos e os professores poderão solicitar créditos curriculares”, comentou Lisandro.

 

O professor Emmanuel Fernandes Falcão, da Universidade Federal da Paraíba, está há 30 anos a frente de projetos de extensão com comunidades ribeirinhas, quilombolas e imigrantes de rua. Para o professor, a extensão tem a intencionalidade de aproximar o ensino e a pesquisa dos movimentos sociais, mas há uma diferença muito grande entre os recursos que são destinados a cada uma delas. “Se não fizermos uma política de extensão que seja como a política de pesquisa que existe hoje nas universidades, estaremos fazendo um projeto impossível. Para fazer extensão tem que ter muita vontade. Temos que mudar a atitude”, disse o Emmanuel.



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