Exposição na FCM exibe gravuras inspiradas em jogo de cartas premiado
Publicado por: Camila Delmondes
25 de abril de 2017

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Aberta para visitação até a próxima sexta-feira (28) no Espaço das Artes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a exposição “Gravuras em Diálogo com Jogo Dixit” apresenta um conjunto de xilogravuras feitas por crianças e adolescentes dos programas de Escolaridade, Surdez e Psicologia do Desenvolvimento do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (Cepre). As obras trazem histórias de medo, estranhamento, beleza e rotinas cotidianas.

Com curadoria da artista plástica e psicóloga Lúcia Reily, a exposição é resultado das aulas de artes realizadas no Cepre, em 2016, e que exploraram as cartas do Jogo Dixit, criado pelo psiquiatra francês Jean-Louis Roubira, em 2008. “Pretendíamos disparar a criatividade e a imaginação, e ampliar o repertório figurativo dos participantes das nossas oficinas. As cartas do Dixit são maravilhosas, enigmáticas, oníricas. Existem imagens de horror, como também imagens engraçadas e outras impossíveis”, afirmou Lúcia.

A docente do Cepre lembrou outro motivo que a levou a explorar o jogo na Unicamp. Em 2010, o Dixit recebeu um dos mais prestigiados prêmios na área dos jogos de cartas e tabuleiro, o Spiel des Jahres (Jogo do Ano), da Alemanha. “Jogamos o Dixit várias vezes e pedimos para que os nossos alunos trabalhassem questões que os emocionassem. Eles fizeram as próprias cartas, nos jogamos com elas, e ainda as utilizamos como inspiração para a exposição”, acrescentou Lúcia.

Tendo escolhido o Dixit como fonte de inspiração, Lúcia falou sobre a escolha da xilogravura como técnica artística da exposição. “Na medida em que os usuários do Cepre vão se tornando adolescentes é preciso dificultar a técnica artística. Não dá para ficar só desenhando e pintando, ou fazendo recorte e colagem. A xilogravura demanda muita técnica, tanto do ponto de vista da produção da imagem, quanto da manipulação da goiva para cavar a madeira. Na xilogravura é preciso pensar de outra maneira porque as noções de negativo e positivo se invertem, exigindo mais raciocínio visual”, disse.

Além de possibilitar a realização da exposição, a utilização do Dixit e da técnica de xilogravura também permitiu o desenvolvimento de um calendário de 2017, pelos participantes. A tarefa tida como simples em um primeiro momento, logo apresentou desafios aos profissionais do Cepre. “Percebemos que muitos dos nossos alunos, até mesmo adolescentes, tinham dificuldades para compreender o funcionamento do calendário. Diante disso, pudemos explorar noções dos meses do ano, dias da semana e datas importantes”.

A exposição teve o apoio do Museu de Artes Visuais da Unicamp e do Ateliê de Gravura do Instituto de Artes – Unicamp na impressão das xilogravuras. Participaram do projeto as alunas de graduação Marion Chatton, Luara Zago, Ana Selma Laurindo, os aprimorandos Pedro Rodrigues e Rafaelle Camargo e as professoras de Libras Luciana Rosa, Rosemeire Desidério e Andréa Rosa.



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