Exposição de Neurociência: cérebro pode ser enganado pelos sentidos
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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Como parte integrante da 13ª Semana de Museus, organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) de 18 a 24 de maio, o Instituto Brasileiro de Neurociências e Neurotecnologia - Brainn, em parceria com o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, promoveu no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp a Exposição de Neurociência com instalações sobre música, memória, sensibilidade e interação homem-computador.

De acordo com Rickson C. Mesquita, coordenador associado de Graduação do Instituto de Física "Gleb Wataghin" – IFGW da Unicamp e membro do Brainn, a ciência tem uma linguagem própria que é muito distante do dia a dia do público. Uma forma de aproximar ciência do público é melhorar a comunicação de como se é feito ciência. No caso da exposição de neurociências, foi desenvolvido todo um trabalho para comunicar a neurociência numa linguagem acessível ao público, contudo sem distorcer o resultado científico”, explicou.

Quem passou pelo HC pode medir a saturação de oxigênio cerebral com técnicas inovadoras em neurociência e ver como o cérebro funciona de uma forma bastante interativa e divertida, através de jogos e confusões que nosso cérebro faz ao interpretar certas funções sensoriais. “O cérebro pode ser "enganado" a partir dos nossos sentidos”, disse.

Estação Sensibilidade

Uma experiência bastante simples, mas que ajuda a explicar o refinado processo de comunicação entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). Assim, convidando o público a colocar as mãos em recipientes com água em diferentes níveis de temperatura, o monitor do Museu Exploratório de Ciências Steven Johnny Santos demonstrava como as informações dos órgãos sensoriais são conduzidas ao cérebro e como este órgão toma decisões e envia comandos para os músculos e glândulas do corpo.

Atenta ao experimento, a funcionária da área do Suporte Didático e Divulgação Técnico Científica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Mercedes F. Santos, explicou como podemos perceber essa comunicação entre SNP e SNC no dia a dia. “É isso o que acontece quando estamos em um dia muito frio e chegamos em casa. Para quem está dentro da casa, a sensação é de frio, mas para acaba de entrar, a sensação é de calor, porque o cérebro é avisado que o corpo está em outro ambiente”, explicou.



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