Dia do Surdo e Setembro Azul são comemorados em programação do CEPRE/FCM
Publicado por: Camila Delmondes
29 de setembro de 2022

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Foi celebrado no dia 26 de setembro o Dia do Surdo. Para marcar a data, o Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O.S. Porto” (CEPRE) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp teve programação que começou pela manhã no Salão Nobre.

Compuseram a mesa de abertura: Priscila Amorim, coordenadora do evento e fonoaudióloga do CEPRE; Maria Fernanda Bagarollo, coordenadora do CEPRE; Adriana Laplane, chefe do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação; Janice Marques, representando a chefia do curso de graduação em Fonoaudiologia; Luciana Aguera Rosa, professora do CEPRE; Rosemeire Aparecida Antunes Desidério, instrutora de língua sinais do CEPRE. Também fizeram a tradução simultânea os intérpretes de Libras, Lilian Paiato e Juliana Moraes, da Central TILS/PGR Unicamp; além dos intérpretes-guia e de campo reduzido Joás Bittencourt e Josiane Souza, para os surdocegos participantes.

Intérpretes Joás Bittencourt e Josiane Souza se comunicam com público surdocego. Foto: Mercedes Santos/ARPI

Priscila Amorim lembrou a importância política da data para os surdos. “A escolha da data marca direitos e luta pela visibilidade do evento. Que tenhamos um dia proveitoso, de muita reflexão, engajamento e diversão no período da tarde”, desejou a fonoaudióloga.

Luciana Rosa ressaltou a diferenciação que se faz necessária para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), em especial na primeira infância. “É extremamente importante que a criança surda tenha como primeira língua a de Sinais, e que as famílias aprendam Libras para se comunicar com elas”, declarou a docente.

Conforme explicou Rosemeire Desidério, a história do Setembro Azul e do Dia do Surdo é formada por diversos fatos. No Congresso de Milão, na Itália, em setembro de 1880, ocorreu a primeira conferência internacional de educadores de surdos. Na ocasião, foi votado a favor da oralismo como forma de ensino, detrimento das línguas gestuais. Já no Brasil, em 26 de setembro de 1857, foi fundada a primeira escola de educação de surdos, que depois se tornou o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Já o azul remete à época nazista, em que as pessoas com deficiência eram segregadas e obrigadas a vestir a cor azul. “Falamos em visibilidade pois o surdo precisa mostrar seu protagonismo. Nós temos nossa língua de sinais, nosso direito de comunicação. É muito especial para nós essa data”, afirmou Rosemeire, parabenizando os presentes.

A instrutora de Libras do Rosemeire Desidério fala ao público. Foto: Mercedes Santos/ARPI

Janice Marques lembrou que o CEPRE propôs durante muitos anos o oralismo, mas em 1987, mudou para o linguismo. “A partir da criação do curso de graduação em Fonoaudiologia, em 2001, foram incluídas aulas de Libras. Mais recentemente na pós-graduação os alunos também vêm estudando essa temática”, declarou a docente.

Para Adriana Laplane, o evento se faz importante na medida em que reafirma a necessidade de continuar trabalhando para difundir a cultura surda e a luta por seus direitos. “Apesar do que se fala em vários ambientes, inclusive do governo, nós temos tido uma diminuição de direitos. Sem mudanças nessas políticas, não conseguiremos difundir e afirmar essas conquistas”, enfatizou a chefe de departamento.

“Gostaria de dizer que vocês todos são bem-vindos. Tivemos aqui discursos pontuais e sintonizados. Parabenizo também a organização do evento, bem como os programas de surdez do CEPRE e todos seus profissionais, residentes e alunos, que têm trabalhado intensamente nessa área”, parabenizou Maria Fernanda Bagarollo, desejando um ótimo evento a todos.

Público presente no Salão Nobre da FCM. Foto: Mercedes Santos/ARPI

O dia prosseguiu com as palestras “Letramento e Surdez”, com Lilian Nascimento, docente da Faculdade de Educação da Unicamp; e “A toponímia em Libras: pesquisa e ensino, com Alexandre Souza, docente da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). No período da tarde, houve atividade cultural, com oficina de poesia bilíngue e sarau, promovidos pelo Coletivo Mão Dupla, formado na Unicamp.

Grupo após atividade cultural. Foto: Coletivo Mão Dupla


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