Foi celebrado no auditório principal da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, na última sexta-feira (20), a comemoração aos 50 anos de formatura da sexta turma do curso de graduação em Medicina, concluída em 1973.

O orador da sexta turma, Dario Morais, proferiu discurso emocionado na “reformatura”. “Temos muito orgulho de fazer parte dessa história. Quanta ciência, ensinamentos, descobertas, vidas salvas e bem-estar proporcionado. Foi uma caminhada bonita até agora. Olhamos para atrás e pensamos nas cicatrizes e conquistas que tivemos. Muitas saudades daqueles que se foram e ficaram na memória. Não precisamos conquistar o mundo para sempre: novos sonhos direcionam nossa caminhada. Deixamos um desafio maior de valorização da Unicamp e de contribuir para o desenvolvimento da sociedade de forma mais democrática, inclusiva e autônoma. Aos novos médicos deixamos as sementes do atendimento altruísta humanizado”, finalizou Dario, declamando trecho da canção “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré:  “Vem, vamos embora/ Que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer”.

Maria Luiza Moretti, coordenadora-geral da Unicamp, esteve representando o reitor Antônio José Meirelles. Egressa da nona turma de Medicina, ela lembrou com carinho dos colegas veteranos. “São pessoas que marcaram porque a gente sabia que podia contar com vocês. Impressionante olhar como a área da saúde expandiu desde então, o que ajudou muita gente. Estando na Reitoria eu posso ver a importância muito grande que a área tem no nosso contexto de ensino e social. Temos que ter continuar zelando por um curso de Medicina de qualidade. Foi com muita emoção que vi vocês receberem o diploma da homenagem hoje. Eu sei de quantas pessoas vocês trataram, além de sua importância na construção da saúde no país. Então deixo aqui o meu imenso abraço, carinho e respeito. Desejo muita felicidade, saúde e uma vida longa”.

Cláudio Coy, diretor da FCM, fez um aceno aos organizadores do evento, especialmente ao representante da turma, Jorge Paschoal, também professor da casa. Ele lembrou a importância da cerimônia para a faculdade. “A solenidade começou na gestão do professor Luiz Carlos Zeferino, que foi o diretor anterior. É um orgulho para nós ter um evento como esse. A homenagem obviamente vai se perpetuar porque é um legado que vocês deixam para a nossa história. Começaram a universidade nos seus primórdios, numa época muito difícil, quando foi necessário buscar o espaço que temos hoje. Vem de vocês o exemplo de humanismo, ética e desprendimento que o médico deve ter. Nós tentamos preservar isso fortemente na faculdade”.

Também compuseram a mesa solene os professores Fábio Menezes, coordenador do curso de Graduação em Medicina da FCM, Reynaldo Quagliato Junior e José Geraldo dos Santos, professores homenageado da sexta turma de Medicina, e Jorge Curi, presidente da Alumni - Associação de Ex-Alunos e Amigos da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Abrilhantou o evento a apresentação do quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica da Unicamp, composta pelos músicos Eduardo Semencio, Felipe Signore, Ivana Paris e Daniel Lessa.

Após a cerimônia no auditório, o cortejo seguiu para a área externa, onde ocorreu apresentação da bateria Batucogu, do curso de Medicina da FCM. No jardim memorial, foi descerrada a placa comemorativa da turma. Por fim, o público se dirigiu, com emoção, para o plantio da árvore escova-de-garrafa (Callistemon rigidus), que marca o Jubileu de Ouro da sexta turma.

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